Entenda em desalmadamente a implosão do PSDB em Palmeira dos Índios

3A já antiga, desgastada e superada hegemonia política em Palmeira dos Índios entre as famílias Ribeiro e Gaia, além de outros agregados, enfim dá claros sinais de que provavelmente chega ao seu final, comparada a uma relação de casal, quando envolve principalmente traição.

E quando isso acontece, geralmente o que fica são marcas como ressentimentos, desconfiança e virtuais derrotas. As últimas decisões e declarações do chefe do Executivo Municipal levaram a um rompimento entre os “clãs”.

No fim da tarde do último dia 1º, numa manobra política considerada desastrada, até por próprios correligionários, o prefeito James Ribeiro, não só anunciou deliberadamente o nome de sua preferência à sucessão municipal – a médica Verônica Medeiros – como também realizaram filiação, em cima da hora ao PMDB.

O “Palácio de Vidro” leia-se, Governo do Estado, não só teria discordado da escolha do prefeito, como também considerado uma atitude apressada e unilateral, visto que não teria discutido sobre o assunto nem sequer com os líderes que compõem o seu grupo político-partidário. Na vanguarda, teriam sido desprestigiados por James os homens que ainda “mandam” na política em Alagoas – Téo Vilela e Renan Calheiros – que imaginavam ser consultados sobre o destino de Palmeira nas próximas eleições, visto que marcham ao lado, pelo menos aparentemente, de James Ribeiro e suas empreitadas políticas, não é de agora.

Não é para qualquer político deslumbrado, achar que tem o poder detido apenas em suas mãos, até porque Palmeira dos Índios hoje já perdeu para Rio Largo a posição do terceiro município alagoano. O já antes chamado “menino maluquinho”, acha que tudo pode. Anda se enganando redondamente e alastrando as decisões açodadas até mesmo no seio familiar, cuja consideração nem se sabe até onde é levada pelo prefeito.

Até o presidente municipal do PSDB, Lucas Ribeiro, seu irmão (pasmem), foi pego de surpreso, sem ter sido comunicado do que estava acontecendo nos bastidores e às suas costas. Estaria no momento sem comentar nada, politicamente falando, principalmente com seu irmão. Ponham implosão nisso! Não são recentes, segundo pessoas ligadas às famílias Gaia e Ribeiro, as desavenças entre seus líderes. Sabe-se que o ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Edval Gaia (pai) foi o primeiro a se indignar com a falta de honra aos compromissos do prefeito; em seguida, o deputado Val Gaia teria se desentendido seriamente com James e, em seguida, e recentemente, foi e está exibido em redes sociais o rompimento definitivo do antes pré-postulante à prefeitura de Palmeira, Rodrigo Gaia.

Uma guerra interna que muito provavelmente não alcançará nem trégua. Com a declaração aberta de James em relação ao nome da médica Verônica Medeiros, o grupo se esfacela de forma considerada irrecuperável perante a mídia e à opinião pública. Não bastasse a posição considerada auto-suficiente, Ribeiro ainda teria tratado com desdém a sua ligação e filiação ao PSDB, do ex-governador Téo Vilela, o que está sendo encarado por muitos do meio político como um ato de extrema burrice e até de determinada “insubordinação”.

Comenta-se ainda nos bastidores que, o ainda secretário municipal de Articulação, Antônio Fonseca, então presidente do PMDB palmeirense, estaria decepcionado, surpreso e descontente com a atitude do chefe, que vinha aumentando, dentro do grupo, expectativas de apoio principalmente ao seu nome, além de Rodrigo Gaia e a própria Verônica Medeiros, e ainda com comentários acerca do nome de Luiz Lôbo, analisado por alguns especialistas, como “laranja” ou disfarces.

Desconfia-se, porém, não se constata ainda. Infelizmente, a política reserva surpresas que transpõem até mesmo os mais fortes laços de amizade e parentesco. Nunca foi diferente. Um grupo político que parecia coeso, mas com o passar dos primeiros dias de 2016 passou a ser considerado confuso, por descompassos, está fadado a decomposição e a levar o atual prefeito James Ribeiro à solidão político-partidária.

E, para quem entende o mínimo de política, sem grupo, ninguém chega a lugar nenhum. Comenta-se, de Maceió até chegar a Palmeira, que a dupla “inseparável”, Renan e Téo, já estaria examinando com carinho a candidatura de Júlio Cézar. Eis aí uma novela mexicana. Aguardemos os próximos capítulos.

Da Redação

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