Antidoping: Atletismo brasileiro sofre um duro desfalque
O Atletismo brasileiro pode perder um nome de peso para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Hoje, a velocista Ana Cláudia Lemos, a mulher mais rápida do Brasil, foi notificada por um problema em um exame antidoping feito pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). As investigações mostram a substância proibida oxandrolona, um esteroide anabolizante que faz parte da lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada).
A velocista cearense é considerada um dos principais nomes do atletismo feminino brasileiro – nos 100m e 200m. Ela foi pega em exame realizado durante treinamento da equipe brasileira no Rio no mês passado, e agora aguarda a abertura da amostra B. Se o resultado for confirmado, a atleta enfrentará um processo que pode resultar numa suspensão do esporte.
Ana Cláudia Lemos preparava-se para chegar ao Rio de Janeiro como uma esperança de medalha no revezamento 4x100m. Ela conquistou duas medalhas de ouro no Pan-Americano de Guadalajara, em 2011, e participou dos Jogos Olímpicos de Londres, na mesma modalidade. No Pan de Toronto em 2015, Ana Claudia correu os 100m para 10s96, a melhor marca da carreira. Os tempos em queda tornavam a atleta uma das principais representantes do atletismo feminino brasileiro na atualidade.
A Confederação Brasileira de Atletismo disse que ainda não foi informada oficialmente pela ABCD sobre o caso. Em nota, a CBA disse que iniciará os procedimentos disciplinares, com o encaminhamento do caso à Justiça para julgamento, caso o resultado seja confirmado como positivo pela ABCD. Atualmente a legislação antidoping do Brasil está fora de conformidade com a Wada por não contar com um tribunal exclusivo para casos de doping, o que precisa ser alterado até 18 de março para o país não ser descredenciado pela agência internacional. Se a mudança não for feita, o país perderá o direito de fazer os exames antidoping da Olimpíada.
TERRA
