Um desabafo animal: “esta cidade passa por grave crise de gorvenança”

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Crédito: Edson Silva

Não acreditamos que o astuto animal, bem à vontade na porta da nossa prefeitura, esteja tramando qualquer tipo de golpe em forma de coice, no sentido de destronar antes do pleito, o assombroso opositor às necessidades básicas do povo palmeirense.

Mas no colegiado da situação, há quem articule que se trata de um bichinho de estima, que cotidianamente acompanha o seu amo até à porta dos afazeres. Enquanto confia que as tarefas estejam sendo feitas, ele aproveita para aniquilar a grama da Praça da Independência, da “Arena” do CSE, ou do formoso pomar que toma conta do que seria a Unidade Básica de Saúde do Bairro Juca Sampaio, quando por certo motivo barato seu dono passe por lá.

O mais admissível no entanto, é que o jerico seja mais uma figura faminta que aspira ao cargo de executivo do município, com o desígnio de que o princípio asno de se fazer política em Palmeira dos Índios, persista por mais décadas. Afinal, animais já fizeram história quando mergulhados pelo próprio povo na política brasileira.

Ao traçar essas linhas, devo ter conhecimento de que alguma pessoa no momento chama-me de ferino, ou algo semelhante. Choro! Mas este animal, provavelmente um pré-candidato, me faz apelar à história do memorável  Cacareco.

“Cacareco foi um rinoceronte do Zoológico de São Paulo que, nas eleições de outubro de 1959 para vereador da cidade, e ganhou cerca de 100 mil votos. À época, a eleição era realizada com cédulas de papel e os eleitores escreviam o nome de seu candidato de preferência. Cacareco foi um dos mais famosos casos de voto de protesto ou voto nulo em massa da história da política brasileira, uma vez que se tornou o “candidato” mais votado do pleito: o partido mais votado não chegou a 95.000 votos”.

Outro político animal que foi destaque, até mesmo internacional, foi o bem estimado Macaco Tião.

Macaco Tião (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1963 – Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 1996) um chimpanzé do Zoológico do Rio Janeiro que era bastante querido pelas crianças e outros frequentadores do zôo.

Era famoso por seu temperamento, considerado “mal-humorado”, e pelo costume de atirar excrementos e lama em visitantes, e especialmente em políticos, como por exemplo, Marcello Alencar.

Com 1,52m de altura e 70 kg, o Macaco Tião tornou-se uma celebridade no Brasil, quando em 1988 a revista Casseta Popular em defesa do voto nulo, lançou a sua candidatura não oficial para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Vejam como animais são tendenciosos para cargos executivos…

Estima-se que o Macaco Tião tenha “recebido” naquele pleito mais de 400 mil dos votos dos eleitores, alcançando o que seria equivalente ao terceiro lugar, de um total de doze candidatos. Este fato o fez constar no Guinness World Records como o chimpanzé a receber mais votos no mundo.

Como Tião não era um candidato reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, todos os votos dados para ele foram considerados nulos”.

Com obviedade, o intuito do estimado candidato burro, estar amarrado ao tipo de urnas a serem utilizadas no próximo pleito.

Se ao rinoceronte e ao macaco foram dadas alcunhas, que busquem o burro, e o apelidem. Feito isto, pós-registro de sua pretensão (se possível for), que o mesmo conte com o meu apoio, por se tratar de ser um animal dócil, trabalhador, austero, humilde e até mesmo inteligente.  Contudo, por deboche, abraçando os princípios dos títulos morais dados a administração atual, se eleito, pode também se transformar de repente num prefeito burro e teimoso, sendo capaz de disparar coices traiçoeiros.

“Não sei o que é pior; um inteligente acomodado ou um burro com atitude.”

 

FUI!

Austrelino Bezerra

  Foto do blog de Edson Silva

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