Olho vivo! Dilma, aedes aegypti, e o “mimetismo midiático”

Chegamos a oferecer o nosso salário, fruto dos nossos afazeres aqui no Estadão Alagoas, por cada pernilongo morto pela presidente Dilma, ou por qualquer outro dos seus companheiros, que neste sábado marcharam politicamente por algumas capitais e cidades de grande porte do país, disfarçados de mata-mosquitos.

O que se viu foi mais um ensaio para sentimentalizar o povo, para aliviar a dor do Lula, que conforme imprensa nacional, e até mesmo internacional, foi pego com a mão na botija, e a sua tentativa de defesa, é como aquela historinha de querer justificar “batom na cueca”.

O que estão objetivando com este mosquiteiro junto à imprensa marrom, é que sirva de mimetismo midiático, para que o povo  deslembre, mesmo que transitoriamente, o deus-nos-acuda que toma conta desta nação.

 “O mimetismo é aquela febre que se apodera repentinamente da mídia (confundindo todos os suportes), impelindo−a na mais absoluta urgência, a precipitar−se para cobrir um acontecimento (seja qual for) sob pretexto de que os outros meios de comunicação − e principalmente a mídia de referência − lhe atribuam uma grande importância. Esta imitação delirante, levada ao extremo, provoca um efeito bola−de−neve e funciona como uma espécie de auto−intoxicação: quanto mais os meios de comunicação falam de um assunto, mais se persuadem, coletivamente, de que este assunto é indispensável, central, capital, e que é preciso dar−lhe ainda mais cobertura, consagrando−lhe mais tempo, mais recursos, mais jornalistas. Assim os diferentes meios de comunicação se auto−estimulam, superexcitam uns aos outros, multiplicam cada vez mais as ofertas e se deixam arrastar para a superinformação numa espécie de espiral vertiginosa, inebriante, até a náusea.”

Pensando bem, se viajou em avião de carreira, dois fatos podem ter ocorridos com o ministro que veio a Alagoas; uma foi a observação da “desventura” que está o aeroporto Zumbi dos Palmares, enquanto a outra, foi ter que pagar excesso de bagagem, haja visto, o grande volume de políticos mosquito fisgados por ele.

Com incondicional certeza, em cada canto deste país onde esteve um político com a missão de mata-mosquito, os temas das conversas nos bigs almoços nunca foram zica, dengue, ou a tal da  Chikungunya. O mote da tropa expedida pelo Planalto deve ter sido; “precisamos salvar o Lula, e fazer com que esqueçam esse negócio de impeachment”. Quem assistiu ao Jornal Nacional neste sábado, 13, observou que em numa de suas entrevistas, a presidente falou mais em Lula, do que em métodos eficazes para matar mosquito. Certo, ou errado?

“Nós achamos que conseguiremos, até as Olimpíadas, ter um sucesso bastante considerável no extermínio do mosquito.” – Só não disse o milagre! Deve está apostando na aprovação da CPMF, cuja tentativa vai ser feita, usando o mosquito como escudo, em argumento que somente aos membros da corte da corrupção terá aprovação.

No entanto, toda esta ilusão nos trouxe uma delirante certeza; estamos bem resguardados contra qualquer agressão dos inimigos; possuímos  um exército pronto para a “Guerra dos Mosquitos”,  e que conta com apoios da Aeronáutica e Marinha.

Pelo tão alto grau prometido, não será surpresa o dia em que ao despertarmos,  nos deparemos com  um Porta Avião ancorado no açude de Palmeira dos Índios, e a esquadrilha da fumaça de prontidão no Polo Industrial, ou Campo de Aviação, sabemos lá, hábeis para o início da Batalha do Mosquito.

E as despesas com passagens, almoço, combustível, hotel, e demais mordomias dispensadas aos “grandolas palacianos”, que sejam creditadas na conta de Aedes aegypti, ou nos cartões coorporativos da comitiva formada pela Dengue, Zica, e a tal de Chikungunya, que lastimavelmente, vão continuar…

Da Redação