Fim dos imbróglios em Tanque d´Arca: Juiz mantém cassação de Roney Valença

Foi negado pelo juiz Helio Pinheiro Pinto, da  Vara do Único Ofício de Anadia nesta sexta-feira (12), o pedido de liminar impetrado pelo prefeito cassado, Roney Tadeu Valença (PMDB) para anular a cassação do seu mandato e assim conseguir retornar ao cargo na prefeitura de Tanque d’Arca.

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A justiça havia determinado antes de ontem (11), o retorno do prefeito de Tanque D’Arca, Roney Valença que teve seu mandato cassado no dia 19 de janeiro pela Câmara de Vereadores por seis votos a favor, um contra e duas abstenções.  Também, vice Valdemir Lima foi cassado .

A decisão aconteceu porque o prazo de afastamento de 180 dias expirou.

Na decisão da recondução do prefeito cassado, o magistrado deixa claro que se existisse qualquer outro impedimento legal para o retorno ao cargo, a decisão proferida tem efeito prático, já que Roney Valença tinha sido cassado pela Câmara ficou impedido de reassumir a prefeitura de Tanque d’Arca.

Mesmo diante do fato, o prefeito Roney Valença causou transtornos chegando a impedir no posto de combustíveis o abastecimento de ambulâncias do município na manhã de ontem,(12).

O magistrado destacou em sua decisão que enquanto o decreto de cassação tiver validade, Roney Valença não poderá reassumir o cargo, já que os processos de improbidade e de cassação são de esferas distintas.

A cidade permanece sobre o comando do prefeito em exercício, Antônio Teixeira de Almeida (PMN).

Cassação

Os imbróglios envolvendo os gestores de Tanque d’Arca começaram há cerca de três anos, quando o Desembargador do TRFRogério Fialho Moreira, acatou denúncia de desvios de verbas federais entre os anos de 2009 e 2012 no município e afastou dos cargos o prefeito, o vice-prefeito e mais 18 pessoas, entre elas a Procuradora da cidade, Uiara Francine Tenório da Silva.

Num julgamento  realizado nesta terça-feira 19 de janeiro de 2016, na Câmara Municipal de Tanque D´Arca, Roney Valença e seu vice Valdemir Bezerra,  tiveram seus mandatos cassados, num processo que vinha se arrastando desde 2013.

Ambos pertencentes ao PMDB, já haviam sido julgados e condenados pelo TRE/TRFpor fraudes em licitações, desvio de dinheiro público, falsidade ideológica, formação de quadrilha e desvios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Levados ao processo de impeachment, a Câmera Municipal confirmou a condenação, numa sessão bastante tumultuada pelo acusado Roney Valença. Já o vice Vademir Lima, sequer apresentou defesa, nem tampouco apareceu na sessão.

Da Redação

 

 

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