Olho Vivo! Confira a programação do Carnaval de Palmeira

Estamos praticamente a uma semana do carnaval. E, o que foi por todos os tempos, o melhor carnaval do Estado das Alagoas, contorna-se presentemente, mais uma vez, num “pó de mico”,  já que não existem confetes, e muito menos, serpentinas.

Para o folião palmeirense só restam duas escolhas; a primeira é concordar com a derrota. A segunda, como disse Marta Suplicy, quando então Ministra do Turismo:  “relaxem, e gozem.”

E, como gozação é um prato que digerimos muito bem, nada melhor do que principiarmos por anunciar a programação oficial da nossa brincadeira de gado, em curral eleitoral.

Sábado 20;30 Horas – Abertura Oficial (sem a presença de Zé Pereira, que resolveu passar o carnaval em Bom Conselho);

21:00 Horas – Apresentação da Banda Axé Tome;

23:00 Horas – Desfile do bloco Axé Pouco;

01:30 Horas – Desfile de fantasias com a banda Axé Graça;

02:30 Horas  –  Encerramento – Com  a dupla; Dorminhoco e Pesadelo;

Ah como estaríamos felizes se fôssemos aqui divulgar, de fato, a programação carnavalesca de 2016! Contudo, sem a Banda Parangolé, claro! Todavia, existe uma série de “SEs” que impede a nossa aspiração. Entre elas; Se fosse outra a gestão, Se fosse ao tempo de Helenildo, Se fosse aos tempos de Jota Duarte, José Araújo, Minervo Pimentel, Remy Tenório Maia, ou até mesmo, Se fosse ao tempo de Gileno Sampaio.

Se…

Você disse que não sabe se não

Mas também não tem certeza que sim

Quer saber?

Quando é assim, deixa vir do coração

E brota do coração a saudade dos nossos acabados carnavais. Existiu uma época, na qual se improvisava brincar, inclusive, com lança-perfume, banhos de talco, corso na Praça da Independência, jogar confetes nas meninas, serpentinas, e correr com medo dos disfarçados, com inclusão, o famoso Urso, ou Lalaurso, como alguns preferiam chamar.

Há ainda quem se lembra do famoso carro do saudoso Canuto Mota, com aquelas duas gigantescas máscaras no para-choque dianteiro. Orquestras de frevo originalmente importadas do Recife, turma animada no bar do Coreto, ou na Sorveteria Caetano…  Carros com assobios (adaptação de vidrinhos de remédio na descarga traseira), e as famosas frases, postas em para-choques de Jeeps.  Duas delas conservam-se na memória do nosso carnaval até os dias de hoje;

Num certo ano, eis que descia a praça, pelo lado da prefeitura, um Jeep lotado de foliões, e a gozação no para-choque era a seguinte; “Soldado de Polícia no meu Jeep não anda.”  

Pronto! No mesmo momento a patrulha policial, que ficava ali na calçada da antiga e saudosa Loja Brasileira, parou o Jeep, e recolheu todos para a delegacia, exigindo a remoção da frase.

 E, assim foi feito!

O alarme foi maior para a mesma patrulha policial, que não teve o que fazer!

 Lá vem o mesmo Jeep com os mesmos foliões, e uma nova gozação no para-choque dianteiro; “Raspei, mas não anda!”.

Outra frase de para-choque que deu o que falar, principalmente para a época; “QUE PENA UMBU SER TÃO AZEDO”…. (rindo alto!)

Passou! O tempo não espera julgamento, e muito menos, questiona as atuações. Porém, se este ano houvesse carnaval, eu desfilaria com o meu velho Jeep pela Praça da Independência,  e não fugiria à regra:

“A incompetência, acredite, já destruiu mais políticos que a desonestidade”.