Autoridades anunciam prisão de 9 responsáveis por atentado que matou 43

O ministro do Interior libanês, Nouhad Machnouk, anunciou neste domingo (15/11) que foram presos nove membros de uma célula ligada ao EI (Estado Islâmico) que foi responsável pelo atentado da última quinta-feira (12/11) na capital, Beirute. De acordo com as autoridades locais, a ação deixou ao menos 43 mortos e 239 feridos.

“Entre os detidos estão sete sírios e dois libaneses, um deles seria um homem-bomba suicida e o outro, um traficante que os fez atravessar a fronteira pela Síria”, declarou o ministro em entrevista coletiva.

Machnouk classificou as detenções, que ocorreram nas 48 horas seguintes à explosão, de “um feito extraordinário”. O ministro afirmou que os sírios foram detidos em dois pontos de Beirute, em um apartamento no leste da capital, onde foi realizado o atentado.

De acordo com as investigações, o plano inicial era enviar cinco homens-bomba a um hospital da região, mas o grupo mudou o alvo após verificar que a segurança do local era grande.

“Não nos deteremos apesar das ameaças e perseguiremos sempre o terrorismo e seus autores, qualquer que seja sua afiliação”, disse Machnouk.

O Estado Islâmico já havia reivindicado a autoria do ataque em Beirute, poucas horas após a ação. De confissão sunita, a organização tinha como intuito atingir um reduto do Hezbollah, grupo libanês e xiita.

Organizações e países condenam atentado

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, classificou o atentado de “atroz”. Em nota, expressou sua “solidariedade total com o povo e o governo libanês em sua luta contra o terrorismo e o extremismo”.

Além da Liga Árabe, organizações como a ONU e a Human Rights Watch também condenaram o atentado. Para a ONG internacional, o ato foi “cruel e desprezível”, recordando que se trata do primeiro ataque na capital libanesa desde que um agressor suicida atacou um hotel em junho de 2014.

Em comunicados separados,os EUA e a Arábia Saudita também condenaram os atentados de Beirute e enviaram condolências às famílias das vítimas.

“Os EUA se manterão firmes junto ao governo do Líbano para que este leve os responsáveis à Justiça. Esses atos de terror só reforçam nosso compromisso de apoiar as instituições do Estado libanês, incluindo os serviços de segurança, para garantir um Líbano estável, soberano e seguro”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ned Price, citado pela Agência Efe.

UOL