Ao chegar em DP, filho de Pitanguy erra nome da vítima: “Sinto muito pela morte do operário Joaquim”

catsApós receber alta do Hospital Miguel Couto na manhã deste domingo (23), o empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, de 59 anos, foi levado para a 14ª DP (Leblon). Preso em flagrante após atropelar e matar o operário do metrô José Fernando Ferreira da Silva na última quinta-feira (20), ele estava sob custódia no hospital. Ao chegar à delegacia, o filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy falou ao Domingo Espetacular. Ele prestou solidariedade à família, mas errou o nome da vítima.

— Sinto muito pela morte do operário Joaquim. O que a gente puder fazer, a gente vai fazer.

O empresário prestou depoimento à polícia neste domingo e deve ser transferido para um presídio do Estado. Ele foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e embriaguez ao volante.

A Justiça do Rio de Janeiro negou no sábado (22) pedido de liberdade provisória apresentado pelo advogado Rafael Almeida de Piro em favor do empresário. Ivo Pitanguy sofreu traumatismo craniano e um corte na cabeça e foi submetido a uma cirurgia. Apesar de ter tido alta assinada pela direção do hospital, um médico e um psicólogo de Pintanguy foram na manhã deste domingo ao Miguel Couto, onde argumentaram que o empresário não tinha condições psicológicas de ser liberado. Esse é também o argumento defendido por advogados do motorista.

O acidente aconteceu na rua Marquês de São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio. A vítima deve ser enterrada em Pernambuco, onde vive sua família. O operário havia saído do trabalho, na construção da linha 4 do metrô, e estava na calçada quando foi atingido pelo carro desgovernado de Pitanguy.

Silva chegou a ser socorrido e teve uma perna amputada na tentativa de ser mantido vivo, mas morreu durante o atendimento no Hospital Miguel Couto. A vítima era casada e pai de dois filhos.

Nos últimos cinco anos, Ivo Nascimento acumulou 70 multas, 14 delas por embriaguez ao volante, segundo informações da 14ª DP, que investiga o caso. Ao todo, o prontuário, de 23 páginas, soma 240 pontos. Em teoria, quem acumula 20 pontos em 12 meses tem a carteira temporariamente suspensa.

Após o acidente, o Detran do Rio informou a abertura de um processo para suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do motorista por ter atingido o limite de pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. No período de um ano encerrado em 21 de junho, ele somou 27 pontos. “Diante da gravidade do acidente, será aberto também um processo administrativo para que o condutor seja submetido novamente a novo exame prático para averiguar a sua capacidade de direção de automóveis”, informou o Detran.

 

Fonte: R7

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