Mais de 800 brasileiros cumprem pena por tráfico de drogas no exterior

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Principal crime cometido pelos 2.787 brasileiros presos no exterior em 2014, o tráfico internacional de drogas mandou 864 cidadãos do Brasil, ou 31% do total, para a cadeia, principalmente na Europa. Há detidos também na América do Norte, do Sul e Central, Ásia, África, Oriente Médio e Oceania, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.

Em comparação com 2013, quando houve 3.209 prisões – 963 delas por tráfico ou porte de drogas –, o número reduziu 13,1%, a primeira queda registrada desde 2011, quando os índices passaram a ser medidos. Ainda assim, esses contingente pode voltar a crescer, caso a política de criminalização das drogas continue vigente do jeito que está.

“Não acho que penas severas reduzem a criminalidade. O que diminui esses índices é a descriminalização da droga. Quando o Estado legaliza o consumo, ele controla o consumo e a produção. E, com isso, faz diminuir o dinheiro e o poder dos traficantes”, explica o professor de direito penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie e advogado criminalista Humberto Barrionuevo Fabretti.

Para Fabretti, é a criminalização da droga que torna o tráfico internacional tão lucrativo. Ele afirma que ao recrutar traficantes para as viagens, aliciadores garantem quantias milionárias, promessa que faz com que o risco de prisão e até de fuzilamento sejam relevados.

No início deste ano, por exemplo, a Indonésia penalizou com a morte os brasileiros Marcos Archer e Rodrigo Muxfeldt Gularte pelo crime.

Segundo o professor de direito internacional da PUC-SP Claudio Finkelstein, esse tipo de pena capital consegue afastar momentaneamente traficantes internacionais do país, mas não resolve o problema do tráfico e do consumo de drogas.

 

Fonte: IG

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