Escola de Música da AMPI recebe o nome do eterno violonista e seresteiro, “Libório Ferreira”

catsHá dezessete anos Palmeira dos Índios perdia um dos seus filhos mais talentosos e ilustres, o admirável Libório Ferreira Leite – o Seu Libório que, no dedilhar de seu sonoro violão Di Giorgio, com cordas de aço, encantou mais de duas gerações, além de fazer seguirem carreiras musicais a muitos palmeirenses a partir das aulas que ministrava em domicílio, às vezes até a quase uma família inteira, quando sentia que ali existia o dom.

Alguns aprenderam à risca, outros apenas guardavam a noção de músico e cancioneiro que Libório transmitia. Nem após a sua morte, muito menos em vida, segundo informações de contemporâneos ainda vivos e textos de escritores palmeirenses a respeito de sua trajetória, Libório Ferreira Leite teve o prazer de ter reconhecido o seu título, quase sempre implícito, de maior e melhor professor de violão de Palmeira dos Índios de todos os tempos.

Seu Libório soube, de acordo com alguns outros admiradores, como ninguém,unir música e poesia. “Importante registrar que os homens públicos, políticos, gestores de nossa  erra na verdade nunca se preocuparam realmente em reconhecer e preservar verdadeiramente o nosso patrimônio, principalmente humano”,a opinião de outro palmeirense, que o conheceu de perto Libório Ferreira, Sr. Carlos Barros.

Numa iniciativa reconhecidamente justa e já quase esquecida, a vereadora Sheila Duarte (PT) teve a sensibilidade de prestar uma digna homenagem ao músico e artista, tradicional palmeirense, que ainda de acordo com alguns mais jovens que conheceram a sua história através de seus pais,eixou saudades e um grande legado. A Escola de música da Associação de Mulheres de Palmeira dos Índios (AMPI) recebe o nome do saudoso Libório Ferreira Leite.

Natural de Palmeira dos Índios, é filho de Hernesto Ferreira de Lima e de Maria Vieira Leite. Casou com Helena Siqueira Leite, com quem teve 03 filhos. Estudou na escola da professora Rosa Barbosa da Silva (D. Rosinha). Trabalhou como eletricista, encanador, motorista e, por muitos anos, foi operador das máquinas da casa de força. Mas, seu forte era a musica, onde com o seu inseparável VIOLÃO, animou serestas, bailes, serenata, e outras festas. Foi integrante do conjunto musical Bossa Nova, que animava os finais de semana no antigo Clube do C.S.E. A partirn daí, a música passou a sustentar a sua família. Libório participou do programa de rádio “A Hora da Saudade” e acompanhava as missas dominicais celebradas na Igreja de São Vicente. O Mal de Parkinson o impossibilitou de continuar fazendo o que mais gostava. Faleceu no dia 17 de junho de 1998.

“Quando vivo, meu pai me dizia em conversas particulares, sem nenhuma vaidade pessoal, que acreditava que seu nome estaria, depois de suamorte, em alguma rua, praça, ou qualquer outro logradouro da sua querida Palmeira. Dezessete anos depois, a nossa família foi pega de surpresa com a notícia da homenagem prestada pela vereadora Sheila Duarte, dando o nome do nosso Libório à Escola de Música da Associação das Mulheres de Palmeira dos Índios, o que muito nos honra e nos deixa bastante agradecidos”, declarou a filha do Sr. Libório Ferreira, Amparo Leite.

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Da Redação

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