Renan vira réu sob acusação de receber propina de empreiteira em troca de emendas

catsA Justiça Federal de Brasília decidiu tornar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), réu em processo em que o senador é acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Junior para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira.

O Ministério Público Federal acusa Renan de ter tido despesas de um “relacionamento extraconjugal” pagas pela empresa na sua primeira passagem pelo comando da Casa (2005-2007). A ação de improbidade movida pelo MP foi revelada em setembro do ano passado.

No processo que corre na 14ª Vara Federal do Distrito Federal, os procuradores sustentam que Renan enriqueceu ilicitamente, forjou documentos para comprovar que tinha recursos para bancar as despesas pessoais e ainda teve evolução patrimonial incompatível com o cargo.

Em decisão publicada no dia 16 de junho, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho recebeu a petição inicial movida pelo MP contra o presidente do Senado, tornando-o réu na ação. O magistrado decretou segredo de justiça no caso, o que impossibilita a confirmação de mais detalhes. A defesa de Renan Calheiros deve recorrer da decisão.

O presidente do Senado terá, agora, de contestar os fatos da ação. Se for condenado por improbidade, Renan pode perder o cargo público e ainda ser obrigado a ressarcir a União pelo dano causado.

O caso a que se refere a ação de improbidade remonta ao ano de 2007. Na época, Renan renunciou à presidência do Senado para evitar a cassação do mandato após ser alvo de uma série de acusações, entre elas a de ter tido, conforme apontou a revista Veja, despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Junior.

No final de janeiro de 2013, dias antes de Renan se eleger para mais um dos quatro mandatos à frente do Senado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia criminal no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso por causa desses fatos.

O processo, que estava sob relatoria do presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, foi encaminhado ao gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, que assumiu uma cadeira no tribunal em junho. Ele encaminhou o caso, no início de julho, para a Procuradoria-Geral da República. A investigação também corre sob sigilo.

A Justiça Federal de Brasília decidiu tornar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), réu em processo em que o senador é acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Junior para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira.

O Ministério Público Federal acusa Renan de ter tido despesas de um “relacionamento extraconjugal” pagas pela empresa na sua primeira passagem pelo comando da Casa (2005-2007). A ação de improbidade movida pelo MP foi revelada em setembro do ano passado.

No processo que corre na 14ª Vara Federal do Distrito Federal, os procuradores sustentam que Renan enriqueceu ilicitamente, forjou documentos para comprovar que tinha recursos para bancar as despesas pessoais e ainda teve evolução patrimonial incompatível com o cargo.

Em decisão publicada no dia 16 de junho, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho recebeu a petição inicial movida pelo MP contra o presidente do Senado, tornando-o réu na ação. O magistrado decretou segredo de justiça no caso, o que impossibilita a confirmação de mais detalhes. A defesa de Renan Calheiros deve recorrer da decisão.

O presidente do Senado terá, agora, de contestar os fatos da ação. Se for condenado por improbidade, Renan pode perder o cargo público e ainda ser obrigado a ressarcir a União pelo dano causado.

O caso a que se refere a ação de improbidade remonta ao ano de 2007. Na época, Renan renunciou à presidência do Senado para evitar a cassação do mandato após ser alvo de uma série de acusações, entre elas a de ter tido, conforme apontou a revista Veja, despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Junior.

No final de janeiro de 2013, dias antes de Renan se eleger para mais um dos quatro mandatos à frente do Senado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia criminal no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso por causa desses fatos.

O processo, que estava sob relatoria do presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, foi encaminhado ao gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, que assumiu uma cadeira no tribunal em junho. Ele encaminhou o caso, no início de julho, para a Procuradoria-Geral da República. A investigação também corre sob sigilo.

“O ato por si só, de receber valores de empresas diretamente interessadas em emendas parlamentares, já constitui ato de improbidade administrativa, mas quando a vantagem econômica é recebida em atenção aos ‘serviços’ prestados pelo agente público no exercício do seu cargo, a repulsa da sociedade é ainda mais grave”, afirma o MP, na ação.

O presidente do Senado ainda é alvo de outros três inquéritos abertos no STF em março pelo ministro Teori Zavascki. Ele é investigado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Procurado pela reportagem por meio de sua assessoria, o presidente do Senado não quis se manifestar.

Relembre o caso

Em 2007, quando presidia o Senado, Renan Calheiros renunciou ao cargo após várias denúncias de corrupção contra si. Apesar disso, a ameaça de ter seu mandato cassado não se cumpriu e Renan foi absolvido por votação de seus pares no Senado.

O senador era acusado de receber ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras, que teriam pago despesas pessoais suas, como o aluguel de um apartamento e a pensão alimentícia de uma filha do senador com a jornalista Mônica Veloso.

Na época, o senador argumentou que tinha condições de custear a pensão para a filha que teve com a jornalista, não necessitando de meios ilícitos para isso.

Seis anos depois de renunciar à presidência do Senado, Renan retornou ao posto. Mesmo tendo contra si denúncias feitas ao STF (Supremo Tribunal Federal) por crimes de corrupção, ele foi conduzido ao comando do Senado.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o senador por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Um dos líderes do PMDB e aliado do governo do PT, Calheiros foi eleito em uma votação secreta com 56 votos dos 78 senadores presentes na sessão.

 

Fonte: R7

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