Corpo de brasileiro fuzilado na Indonésia será sepultado em Curitiba neste domingo

catsO corpo do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, executado por fuzilamento após ser condenado à morte pelo crime de tráfico de drogas na Indonésia, chegará ao Brasil neste sábado (2). O enterro acontecerá na manhã de domingo (3), em Curitiba, onde a família do brasileiro vive.

Gularte foi executado na quarta-feira (29) na Indonésia, tarde de terça (28) no horário de Brasília. Ele foi condenado à morte em 2005 depois de ter sido flagrado, um ano antes, com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.

Um dia antes de ser morto, Gularte pediu que fosse enterrado no Brasil. Portador de esquizofrenia, ele chegou a dizer a familiares que se fosse enterrado em solo brasileiro “ressucitaria” depois de dez dias.

No dia da execução, a prima Angelita Muxfeldt, que ficou na Indonésia por três dias na tentativa de livrar o brasileito da condenação, participou de uma cerimônia religiosa que ocorreu diante do corpo de Gularte.

Além do brasileiro, foram executados dois australianos, quatro nigerianos e um indonésio. Os condenados se recusaram a usar vendas. Em janeiro deste ano, o traficante Marco Acher Cardoso Moreira, 53, também foi fuzilado na Indonésia.

Dependência
De acordo com a mãe, as primeiras experiências com drogas foram aos 13 anos. Rodrigo cheirava solventes. Já morando em Curitiba, foi preso pela primeira vez aos 18 anos, por fumar maconha no Parque Barigui. Na ocasião, a própria mãe admite que subornou a polícia para que ele não ficasse preso. “Eu pensava que era muito pouco para manter o filho preso”, conta Clarisse, que está em Matinhos à espera do corpo de Gularte, que deve ser enterrado em Curitiba. Ela contou ainda que o jovem tinha uma vida de “playboy”: estudou em colégios caros e com todos os recursos dados pelos pais, até carro.

Aos 20 anos, teve um filho com uma mulher mais velha. Mas o menino nasceu autista e teve pouco contato com o pai. Após alguns episódios envolvendo drogas e internações em clínicas psiquiátricas, a mãe montou um restaurante para que Rodrigo tomasse conta. Mas ele se mostrou incapaz, segundo a própria família. “Tentamos primeiro uma creperia, depois uma casa de massas. Ele não conseguia ficar nos restaurantes. Depois, tentou trabalhar na fazenda do pai. E ainda foi para Santa Catarina tentar estudar”, enumerou Clarisse.

Fonte: Correio24horas

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