No Nepal, montanhista do Ceará diz que ‘está bem’ após terremoto

catsO montanhista cearense que está no Monte Everest,  Rosier Alexandre, ligou para a família por volta das 7h30 da manhã deste sábado (25), após o terremoto que atingiu o Nepal. O montanhista conversou com a mulher e disse que está bem.

“Ele falou muito rapidamente, disse que está bem, mas não sabe como está a via de escalada”, disse Danúbia Saraiva, mulher de Alexandre.  O cearense está no campo 2 do monte, a 5 364 metros de altitude.

Um forte terremoto de magnitude 7,9 a oeste de Katmandu, capital do Nepal, gerou uma avalanche no Monte Everest neste sábado (25). Segundo uma autoridade do Ministério do Turismo local, são ao menos dez mortos no monte.

O número de mortos chega a quase 900 no Nepal e na Índia. O Itamaraty informou que até o momento não há informações sobre brasileiros entre as vítimas.

Segundo Danúbia Saraiva, o filho de Rosier, Davi Saraiva, 22 anos, que acompanha o pai e está no campo base, também enviou mensagem de texto informando que passa bem.

Rosier embarcou em 30 de maio deste ano para retornar ao Monte Everest, cerca de um ano depois de presenciar uma avalanche que vitimou 16 pessoas em abril de 2014. “Em nenhum segundo, eu pensei em desistir. Naquele momento, diante daquela tragédia que tivemos que desistir da expedição, já marquei uma data que eu voltaria no ano seguinte”, disse Rosier, antes de viajar.

O cearense, que nasceu em Monsenhor Tabosa, a 300 km de Fortaleza, tem um plano de escalada de 50 dias, que se divide em várias etapas, entre aclimatação, subidas e descidas, até chegar ao cume do Monte Everest, a 8.848 metros de altitude. Ele pretendia chegar ao cume do monte em 20 de maio.

A chegada ao topo do Monte Everest é a sétima e última etapa do projeto Sete Cumes, em que o montanhista escala as montanhas mais altas de cada continente, onde a Antártida entra na lista e a América se divide em América do Norte e América do Sul. Rosier já chegou ao topo de seis: Aconcágua (6.962m), Kilimanjaro (5881m), El Brus (5.642m), Vinson (4.892m), McKinley (6.198m) e Carstensz (4.884m).

A poucos dias de embarcar para o Nepal, o montanhista mostrou ao G1 o que levaria na mochila: mais de 200 itens de equipamentos individuais, entre roupas, botas, piquetas e bastões, estavam espalhados prontos para serem colocados nas duas malas que devem seguir com Rosier até o campo base dos montanhistas.

O assessor de imprensa do Itamaraty disse que a comunicação com as autoridades no Nepal está muito ruim, mas que até o momento não há informações de brasileiros mortos ou feridos.

Uma equipe de funcionários da embaixada está fazendo uma busca nos hotéis e nas comunidades brasileiras para saber se precisam de ajuda.

 

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