Téo volta ao comando do PSDB e promete ‘liberar’ Júlio Cezar
Edivaldo Júnior
Teotonio Vilela Filho está, oficialmente, de volta a cena política. O ex-governador diz, aliás, que não deixou de participar do processo um dia sequer, depois que deixou o governo.
“Fiquei fora, realmente, por um período, logo após passar o cargo de governador para Renan Filho, para tratamento de saúde”, explica.
O que ele tem feito fora do Palácio dos Palmares? Vilela avisa que tem dedicado mais tempo à família e aos negócios pessoais (ele é sócio da Usina Seresta, entre outros negócios) e ajudado na defesa de uma política de recuperação do setor sucroalcooleiro.
A partir de junho deste ano, Téo assume oficialmente a presidência do PSDB alagoano (hoje é presidente de honra) e vai preparar o partido para as eleições de 2016. Antes disso, terá que resolver alguns “imbróglios”.
É o caso de Júlio Cezar, que foi oficialmente seu candidato a governador – há quem diga que ele, Vilela, tinha uma aliança ‘por baixo’ dos panos com Renan Calheiros para ajudar na eleição de Renan Filho- em 2014.
Júlio Cezar mira a prefeitura de Palmeira dos Índios. Para chegar até lá – ou pelo menos tentar – ele tem dois caminhos: compor com o grupo do prefeito James Ribeiro (um tucano que segue a orientação do grupo de Renan Calheiros) ou romper em busca de voo próprio.
JC é considerado um “estranho” no ninho tucano palmeirense, mas por pouco tempo. Ele deixa o partido, até setembro deste próximo, sob risco de perder mandato de vereador no município, ou antes disso se for “liberado”.
O ex-governador diz que vai conversar com JC e se não houver possibilidade de entendimento ele será liberado: “o Júlio é um amigo querido, gostaria que houvesse um entendimento lá em Palmeira dos Índios. Infelizmente não houve. Não vou prender ninguém, não vou forçar ninguém a ficar no partido”, pondera.
Vilela, é bom lembrar, teve o mesmo comportamento em relação a outros amigos, entre eles Alexandre Toledo e Inácio Loiola. Mas essa é outra história.