Ainda não revelada identidade de pai de criança enterrada viva

Palmeira dos Índios – Ainda sobre o caso da criança recém-nascida e já constatado o fato de que foi enterrada viva, supostamente pelo pai e a mãe na Zona Rural de Palmeira dos Índios, o portal Estadão Alagoas, que acompanha o caso jornalisticamente, procurou na noite dessa quarta-feira o delegado regional Thales Araújo, que não foi encontrado naquela DP.

Segundo agentes ele se encontrava em compromissos relativos ao caso, tomando depoimentos no Hospital Santa Rita, onde ainda se encontram a mãe de comprovada participação na tentativa do homicídio, e o bebê, ainda na UTI neonatal.

Chegando àquela unidade de saúde, tomou-se conhecimento de que não se pode ter sobre o caso nenhuma informação, por ordem da Justiça e da Polícia. De acordo com alguns populares que ainda se encontram de “plantão” na porta do hospital, o que mais causa estranheza é a falta de informação sobre o nome do pai, virtual coautor do crime, já que, além de ser maior de idade, já estaria preso desde a última segunda-feira, 30 de março.

O delegado que apura o fato, Thales Araújo, por uma questão de complexidade do caso, supostamente deve preferir manter algumas informações ainda em sigilo até que mais fatos relativos sejam apurados, segundo advogado criminalista alagoano que decidiu não revelar o nome.

O CASO

O bebê recém-nascido foi encontrado enterrado vivo em um terreno baldio na noite da última sexta-feira (27), na localidade conhecida como Sítio Lagoa da Canafístula, na zona rural do município de Palmeira dos Índios.

A menina foi salva por uma moradora identificada como Vera Lúcia Vieira da Silva que resgatou a criança antes que ela morresse. A criança foi encontrada parcialmente enterrada, numa cova rasa (improvisada) com parte do corpo na terra e a cabeça coberta com folhagens.

Vera Lúcia levou o bebê para a maternidade Santa Rita, onde os primeiros cuidados médicos foram feitos.  Foi medicada e alimentada. Informações colhidas dão conta de que o bebê sofreu escoriações leves e seu quadro é estável. A menina permanece internada em um dos leitos da UTI neonatal em observação.

O que ainda se apura é se são realmente verídicos depoimentos de populares da região de que a motivação do crime reside em que o pai da criança teria um caso com a mãe da mesma, sua cunhada, e que por esse motivo teriam decidido se desfazer do bebê para esconder o envolvimento extraconjugal.