Babilônia exibe a mais violenta cena entre mãe e filha já vista na TV

catsQuando a gente pensa em briga de mãe e filha em novela, logo lembramos de um embate entre Raquel (Regina Duarte) e Maria de Fátima (Gloria Pires) em Vale Tudo, de 1988.

Numa cena antológica, a mãe honesta e batalhadora é humilhada pela filha ambiciosa e golpista. Colérica, Raquel parte para cima de Fátima, rasga o vestido de noiva que a vilã estava usando e dá um tapa no rosto dela: “Monstro! Monstro!”

A agressividade daquela sequência, vista dezenas de milhares de vezes no YouTube, parece uma briguinha à toa se comparada ao confronto exibido na abertura do capítulo de quarta-feira (18) de Babilônia.

A vilã Inês (Adriana Esteves) teve um ataque de fúria ao descobrir que a filha, Alice (Sophie Charlotte) havia engravidado não de Yousseff, o árabe milionário do qual estava noiva, e sim do segurança dele.

Inês dá um tapa no rosto de Alice e a xinga de “idiota”. Chorando, a moça surpreende ao revidar a bofetada e chamar a mãe de “cretina”.

As duas se empurram e Inês humilha a filha por ela não ter conseguido dar o golpe da barriga: “Incompetente, nem pra vagabunda você serve. Era pra transar com o Yousseff, não com o segurança dele”.

Enojada com a falta de caráter de sua mãe, Alice cospe no rosto dela. A vilã não deixa por menos: vira uma xícara de chá quente no rosto da filha, joga a moça no chão e começa a estapeá-la.

Enquanto Inês grita “burra, burra!”, Alice roga uma praga: “Eu quero que você acabe desdentada, na rua”. A confusão só termina com a intervenção de Homero (Tuca Andrada), marido da víbora.

Pouco depois, Alice tem uma crise nervosa debaixo do chuveiro e sofre aborto espontâneo. Em seguida, Homero morre em consequência de um aneurisma cerebral, após ser mais uma vez humilhado por Inês durante uma discussão. Alice culpa a mãe pela morte dele.

A sequência de enfrentamento físico e terrorismo emocional entre Inês e Alice durou menos de dois minutos, e foi o acontecimento mais importante do terceiro capítulo de Babilônia.

Não é exagero afirmar ter sido a cena mais violenta já vista entre mãe e filha numa novela da Globo. Superou a surra de cinto dada por Tereza (Lília Cabral) em Isabel (Adriana Birolli), que estava coberta apenas por numa toalha de banho, em Viver a Vida (2009).

A trama de Inês e Alice ganhará contornos ainda mais sombrios. Após voltarem de Dubai para o Rio de Janeiro, as duas enfrentarão problemas financeiros. A jovem será aliciada como garota de programa, e a peçonhenta viverá da chantagem aplicada contra Beatriz (Gloria Pires).

Inescrupulosa, a personagem de Adriana Esteves tem sido comparada à sua vilã anterior, a inesquecível Carminha de Avenida Brasil (2012).

Naquele folhetim, a atriz também interpretou uma mãe que desprezava a filha. A menina Ágatha (Ana Karolina Lannes) sofria bullying materno por ser gorda.

Babilônia tem sido atacada por telespectadores descontentes com as cenas de violência, sexo e o apoio à causa gay — no capítulo de ontem aconteceu outro beijo na boca entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathália Timberg).

Por essas e outras polêmicas, a novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga registra ampla mobilização de fãs e críticos nas redes sociais, assim como acontecia com Avenida Brasil.

 

Terra

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