Morte de advogado: Polícia prende mais um integrante de quadrilha
Após levantamento do serviço de Inteligência da Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres), Alex Cavalcante da Silva, conhecido como “Bochecha”, foi preso na BR 104 na noite desta quarta-feira, 25. Ele estava em companhia de uma pessoa conhecido como Gaia. Bochecha participou do assassinato do advogado Rangel Menezes de Oliveira, 59 anos, ocorrido na noite de ontem, 24.
No início da noite desta quarta-feira, a Polícia Civil concedeu coletiva na sede da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) e deu detalhes sobre o assassinato do advogado. Desde o momento em que tomou conhecimento do fato, o secretário da Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, passou a acompanhar diretamente as ações integradas das polícias no intuito de capturar o quanto antes os assassinos.
Manoel Firmino da Silva, o “Xaropinho” e Alex Cavalcante da Silva, o “Bochecha”, mataram o advogado para roubar. Eles estavam em um veículo Fox, roubado na terça-feira, 24, dirigido por menor um menor de 16 anos. Segundo a Polícia Civil, Manoel atirou em Rangel de Oliveira porque ele não quis entregar a chave do carro. O acusado atirou com um revólver calibre 38, e matou o advogado. Bochecha estava com uma pistola.
A ação criminosa foi interrompida por um desconhecido que revidou os tiros e afugentou os bandidos. No carro, o adolescente deu suporte aos outros envolvidos no crime, que empreenderam fuga. Bochecha ainda saiu do carro, roubou uma moto e se dispersou dos demais que abandonaram o carro em uma rua no bairro do Farol.
A força integrada policial iniciou imediatamente as investigações que não só levaram até o menor infrator como também à descoberta de drogas em poder de parte da quadrilha composta por: Alberto do Nascimento Soares, o Gamimbé; Rivaldo da Silva Ribeiro, apelidado de “Menor”; Josivaldo Pereira da Silva e Gewerton Carlos da Silva, que foram presos.
A quadrilha é especializada em roubos de carros, tráfico de drogas e também homicídio.
Xaropinho continua foragido. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, ele foi liberado do Sistema Prisional, através de Alvará de soltura, no último dia 13. “A lei brasileira é muito frágil. É necessário dificultar essas penas, essa liberdade. Ele foi solto e já cometeu um crime desse”, comentou o delegado.
O sobrinho da vítima, Rainer Wendell, disse que Rangel trabalhava em causas previdenciárias e pegava casos de pessoas carentes sem cobrar. “Ele ajudava muita gente humilde da região de Arapiraca, Povoado Cabaça, de Girau do Ponciano. Tudo de graça”, relatou. Segundo Wendell, a vítima deixou esposa, três filhos e três netos.
COMISSÃO DE DELEGADOS
O delegado-geral Paulo Cerqueira disse ainda que o Diário Oficial desta quinta-feira, 26, trará a nomeação da comissão especial que dará sequência às investigações desse homicídio. Os delegados Gustavo Henrique da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, José Carlos André da Delegacia de Homicídios e o delegado Manoel Acácio Júnior da Deic formarão a comissão.
O secretário Alfredo Gaspar de Mendonça Neto disse que a captura do assassino do advogado é questão de honra para a segurança do Estado.
PC/AL
