Estado de saúde de bebês transferidos da Maternidade Santa Mônica é estável

catsO quadro de saúde dos bebês que foram transferidos para unidades hospitalares de Maceió, após a interdição da Maternidade Escola Santa Mônica, é considerado estável. A diretora médica da casa maternal, Daniela Bulhões, disse que todos estão passando bem e sendo acompanhados por equipes multidisciplinares.

Os bebês que necessitavam de atenção especial foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE), cujo setor pediátrico é um dos mais modernos e dispõe de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) equipada. Para o HGE, foram encaminhados nove recém-nascidos, os demais foram enviados para os Hospitais: Arthur Ramos (2); Açúcar (2); Unimed (1) e Nossa Senhora de Fátima (2). Já os três que estavam na Enfermaria Canguru, foram encaminhados para o Hospital Santo Antônio (2) e Nossa Senhora de Fátima (1).

A diretora do HGE, Verônica Omena, explicou que a unidade recebeu os pacientes no espaço da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), localizada na área pediátrica da Unidade Hospitalar Especializada Irmã Dulce. A UCI possui dez leitos e ainda não estava em funcionamento devido à aquisição dos equipamentos e de profissionais habilitados.

“O HGE está disponibilizando o espaço para estas crianças. Os equipamentos e os profissionais que estão cuidando delas são da Maternidade Escola Santa Mônica. Nossa UCI ainda não estava em funcionamento, por isso todos os leitos disponíveis foram destinados a atender os bebês transferidos na última quinta-feira (18)”, relatou a diretora da unidade.

Atendendo a uma determinação do governador Renan Filho, a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, resolveu interditar a Maternidade Escola Santa Mônica. A decisão foi tomada após serem detectadas infiltrações no teto e problemas na rede elétrica, que culminaram com a transferência dos bebês, gestantes e puérperas para as maternidades conveniadas.

 

Mudança

A partir da próxima quinta-feira (26), as atividades da Maternidade Escola Santa Mônica serão centralizadas no Hospital do Açúcar, que passará a contar com duas salas de cirurgia, 16 leitos de enfermaria, chegando a 30 leitos em 40 dias, triagem e pré-parto, sala de parto e dois leitos de UTI Materna. Já no Hospital Geral do Estado (HGE), serão abertos 20 leitos de UTI Neonatal e cinco leitos de mãe canguru, além de quatro vagas para mãe acompanhante, restritas às pacientes do interior que não tenham onde se acomodar.

Segundo a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, o retorno do atendimento no prédio sede da Santa Mônica, situado no bairro Poço, em Maceió, só deve ocorrer após a conclusão da reforma. De acordo com a repactuação realizada com a construtora, a conclusão da obra – que compreende a instalação de projeto de climatização dos setores de UTI Neonatal, UCI, Centro Cirúrgico e UTI Materna – deve ocorrer em setembro de 2015.

“Iremos instalar uma Comissão Especial para, sob a responsabilidade da Sesau [Secretaria de Estado da Saúde], apurar os fatos que culminaram com os transtornos e consequente interdição da Santa Mônica. Destacamos, ainda, que o atendimento continuará sendo regulado pela vinculação, através de encaminhamento do Cora, restrito às gestantes de alto risco”, destacou a secretária.

 

Agência Alagoas

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