Senado Federal deve reconduzir Renan Calheiros à presidência
Aliado decisivo da presidente Dilma Rousseff, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é hoje o principal nome para permanecer por mais dois anos na presidência do Senado. A desarticulação do bloco oposicionista liderado pelo senador Aécio Neves (PSDB) deu a Renan situação mais confortável dentro da base governista.
O fato de ter sido citado pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, como beneficiário do esquema de desvios de verbas na Petrobras até o momento não está sendo suficiente para minar a força política de Renan Calheiros.
Segundo o jornalista Josias de Souza, do portal Uol, conta a favor do peemedebista de Alagoas a decisão do procurador-geral da República Rodrigo Janot, de adiar para fevereiro as providências contra congressistas citados na Operação Lava Jato. Além disso, corre em sigilo os detalhes dos depoimentos de Paulo Roberto ao Ministério Público Federal.
Em privado, Renan sustenta que a delação de Paulo Roberto é insubsistente. Afirma que não haveria elementos para incriminá-lo no chamado petrolão.
A eleição para as presidências da Câmara e do Senado ocorrerá em 2 de fevereiro, dia em que os congressistas retornam do recesso de final de ano. É improvável que o procurador-geral Rodrigo Janot envie até essa data ao STF os pedidos de investigação ou eventuais denúncias contra os congressistas envolvidos no petrolão.
Assim, para Josias, a menos que a oposição se mova durante o recesso para construir uma alternativa, são grandes, muito grandes, enormes as chances de que Renan seja reconduzido à poltrona de presidente do Senado.
Assessoria