Presos na operação Farnel devem ser liberados pela PF

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Os 15 presos durante a Operação Farnel em Alagoas devem ser liberados a 0h desta terça-feira, 16. Eles são acusados de desviar aproximadamente R$4 milhões em verbas do Governo Federal.

O delegado responsável pelo caso, Adriano Moreira, não pediu a prorrogação das prisões temporárias. Segundo ele, a liberação dos acusados não deve atrapalhar as investigações.

O inquérito foi instaurado pela Polícia Federal em 2012 após denúncia de possível fracionamento de despesas como forma de obtenção de dispensa de licitações e fraude, mediante ajuste, para beneficiar algumas empresas fornecedoras de gêneros alimentícios das Escolas Estaduais Geraldo Melo dos Santos e Mário Gomes de Barros, cujos pagamentos foram realizados com recursos oriundos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Governo Federal.

Com o aprofundamento das investigações, verificou-se também a utilização de recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola, bem como a atuação de uma empresa fornecedora de merenda escolar que, visando fraudar a licitação, já apresentava ao diretor da escola as planilhas com as cotações de preços das empresas concorrentes. Os policiais federais constataram que as empresas concorrentes não existiam ou estavam em nome de “laranjas” e que o esquema fraudulento alcançava diversas escolas do Estado de Alagoas.

Os contratos e as prestações de contas das escolas públicas suspeitas de participação no esquema foram analisadas pela Controladoria Geral da União, que detectou superfaturamento de 10% nos valores pagos. A interceptação telefônica dos suspeitos demonstrou que os gestores das escolas investigadas recebiam propina dos donos das empresas, aceitando a fraude.

Diante das provas colhidas no inquérito, a Justiça Federal em Alagoas expediu 18 mandados de prisão, 42 mandados de busca e apreensão e nove mandados de condução coercitiva que estão sendo cumpridos simultaneamente na manhã de hoje, em Maceió e no interior do Estado. Após indiciamento e interrogatório, os presos ficarão à disposição da Justiça e responderão pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha, fraude a licitação e falsidade documental.

Fonte: Com Ascom PF

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