Edição do Festival de Música de Arapiraca eleva cultura local

“É, sem sombra de dúvidas, um dos melhores shows da minha carreira”. A afirmação partiu do músico Heberth Azzul, que ainda menino veio da Paraíba com a família morar em Arapiraca e virou sensação nacional após tocar ao lado de grandes artistas.

O show aconteceu no último sábado (13), durante o penúltimo dia do I Festival de Música de Arapiraca, que contou com o apoio da Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), e aconteceu no Mercado do Artesanato Margarida Gonçalves, no Parque Municipal Ceci Cunha.

No evento totalmente gratuito durante cinco dias, vários artistas conhecidos e novos músicos fizeram performances também no palco montado na arena da Praça Luiz Pereira Lima, também no bairro do Centro. A programação ainda reservou workshops, oficinas, debates e palestras na recém-ampliada Casa da Cultura.

Durante sua apresentação, Heberth Azzul enalteceu a organização do evento e agradeceu à prefeita Célia Rocha (PTB) e ao vice-prefeito Yale Fernandes (PMDB) pela colaboração à cultura local.

“Muito importante um evento deste tipo na cidade. A gente está aqui por tudo que Arapiraca nos representa e por saber que o festival foi uma conquista dos amigos Juninho [Teófanes Silveira Jr.] e Nelsinho Silveira e o Lecivan Martins. Parabenizo também a prefeita Célia e ao vice Yale por ter dado total apoio ao festival e mostrado que temos, sim, cultura ‘da boa'”, diz.

Antes de ele se apresentar na concha acústica, subiram ao stage as bandas Gato Negro, Janu e os Matutos Urbanos, Macaco Sabiá, Oluap Rap Music, Verena, Delta de Vênus e Alfabeto Numérico, fazendo o “Momento Autoral”. No dia anterior, sexta (12), houve shows de Noaldo do Acordeon e Art & Choro.

Já no domingo (14), foi a vez do Encontro de Bateristas de Arapiraca, captaneado pelas baquetas do mestre Carlos Balla, que hoje toca com Djavan. Ele também elogiou o evento e afirmou que voltará para a cidade, a fim de ministrar um workshop. Balla se apresentou com a Ricardo Lope Jazz Trio, arrancando olhares e aplausos do público no Mercado.

No cronograma do festival, teve a participação de músicos conceituados como do tecladista carioca Paulo Calasans, produtor e arranjador de grandes nomes da música brasileira, como Djavan, Gal Costa e Ivete Sangalo; o baixista Ney Conceição, compositor e arranjador autodidata, que tocou com Naná Vasconcelos, Roberto Menescal e Sivuca; o violinista e guitarrista arapiraquense Mohab Canuto, à frente da Escola de Música Talenthus; e o já citado baterista alagoano Carlos Balla, que participou de trabalhos de Gal Costa, Marina Lima, Emílio Santiago, Simone, João Bosco, Maria Bethânia, Chico Buarque, Roberto Carlos, Jorge Vercillo, Sandra de Sá, Nana Caymmi e Caetano Veloso e hoje figura novamente nas baquetas por trás da música do outro alagoano Djavan.