Pela primeira vez, número de grávidas acima dos 40 supera o de grávidas adolescentes
Você já deve ter notado, observando as mulheres à sua volta: elas estão engravidando cada vez mais tarde. Se antes era comum ver gestantes muito jovens, hoje a cena mudou — e não é só impressão. Os números revelam que a realidade está mesmo invertendo: pela primeira vez, o número de grávidas com mais de 40 anos superou o número de grávidas adolescentes.
Uma pesquisa recém-publicada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostrou que os índices de fertilidade no país estão mudando nas últimas décadas. Enquanto os nascimentos entre adolescentes caíram 73% desde 1990, o número de bebês nascidos de mulheres com 40 anos ou mais disparou 193%.
Em 2023, as mulheres 40+ foram responsáveis por 4,1% de todos os nascimentos, ultrapassando, pela primeira vez na história, a taxa de partos entre adolescentes, que ficou em 4,0%.
Em 1990, 12,8% dos nascimentos eram de adolescentes, uma taxa que despencou para 4,0% em 2023 — o equivalente a 1 em cada 25 partos. Enquanto isso, o percentual de nascimentos entre mulheres com 40 anos ou mais que triplicou, passando de 1,2% para 4,1% no mesmo período.
As mulheres entre 20 e 24 anos, que antes respondiam por 26,3% dos partos, agora representam 17,2%. Já aquelas de 25 a 29 anos passaram de 30,7% para 27,4%.
Por outro lado, a maternidade após os 30 anos está cada vez mais comum. Em 1990, apenas 21,3% dos nascimentos eram de mulheres entre 30 e 34 anos, percentual que subiu para 30,5% em 2023. O aumento foi ainda mais expressivo entre as mulheres de 35 a 39 anos, cuja taxa de nascimentos mais que dobrou, passando de 7,6% para 16,8%.
Com essas mudanças, a distribuição etária das mães nos Estados Unidos se inverteu. Em 1990, mulheres com 30 anos ou mais eram responsáveis por 30,2% dos partos. Hoje, elas representam a maioria: 51,4% de todos os nascimentos ocorrem entre mulheres dessa faixa etária.
