Acusado de matar ex-companheira em Maceió é condenado a 24 anos de prisão


O réu Evanderson Seixas dos Santos foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo crime de feminicídio contra a ex-companheira dele, Elizabete Nascimento de Araújo. O júri popular foi realizado nesta terça-feira (8), no Fórum da Capital, em Maceió. O Ministério Público de Alagoas (MP-AL), informou que dará entrada nesta quarta-feira (9), com embargos declaratórios para que o juiz reveja a pena.

“Houve a condenação, o conselho de sentença concordou com a acusação e acolheu nosso pedido, obviamente se entende que, em tese, a justiça foi feita, porém, entrarei com recurso para que o juiz possa fazer uma reavaliação dando uma nova definição de sentença”, ressalta o promotor Villas Boas.

O crime aconteceu no dia 31 de dezembro de 2022, no bairro do Jacintinho. Segundo o Ministério Público, Elizabete foi assassinada por não atender o réu em relação a partilha dos bens e se recusar a pagar um valor por ele determinado. A família disse que ela já havia pedido medida protetiva contra ele, e a decisão da Justiça saiu dias após a morte.

O júri durou 10 horas e foram foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, enquanto a defesa arrolou a mãe e a atual companheira do réu. O MP-AL sustentou que o crime foi triplamente qualificado por motivo torpe, que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.

Crime foi registrado por câmeras de segurança

 

Nas imagens divulgadas pela Polícia Civil, é possível ver o momento em que o acusado chega em uma motocicleta, aborda a vítima em plena via pública, discute com ela e, em seguida, efetua vários disparos de arma de fogo. Após o crime, ele foge do local em alta velocidade, deixando o corpo da ex-mulher caído na rua.

A consultora de vendas havia solicitado uma medida protetiva contra o ex-marido, mas a intimação só chegou em sua residência três dias após o feminicídio. A lentidão no cumprimento da medida virou alvo de apuração por parte da Corregedoria-Geral da Justiça de Alagoas.

Evanderson teve a prisão preventiva decretada logo após o crime, mas ficou foragido por semanas. Durante as buscas, a moto usada por ele foi localizada, mas o acusado e a arma do crime não foram encontrados naquele momento.

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