Mulher é atingida por spray de pimenta durante passagem de bloco, passa mal, mas tem pedidos de socorro negados, em Palmeira dos Índios
Por Luciano Cardeal – Jornalista
Em mais um dia de passagem de blocos carnavalescos na cidade de Palmeira dos Índios, um ato de despreparo e negligência atribuídos a setores de serviço público de segurança e saúde foi constatado na cidade, o que confirma, mais uma vez, que essas prestações de serviços deixam a desejar no município.
Anderson Aleixo, um jovem palmeirense, procurou nossa equipe para relatar um incidente desesperador e que o deixou aflito na noite da última terça-feira (25), durante a passagem de um bloco carnavalesco, em que ele e sua irmã passaram um perrengue na ocasião que deveria ser de muita alegria. Aline Aleixo da silva, de 36 anos, irmã do rapaz, desmaiou ao ser atingida e inalar uma substância contida em spray de pimenta, o que a deixou com a face do rosto ardendo, com dificuldades para respirar e desacordada diante de uma multidão na avenida.
Segundo relata Anderson, precisando urgentemente ser socorrida para passar pelos primeiros atendimentos, o rapaz disse que foi ao local onde, supostamente, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estaria localizada, mas não o encontrou. Todavia, o Corpo de Bombeiros estava nas imediações, porém, também nada fez. “Eu falei para eles que era dever deles presta os primeiros socorros, mas lá ficaram, sem nenhuma reação e, minutos após, olhei para o local onde antes estavam posicionados, mas, não mais lá estavam”. A Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Municipal (GCM), também negaram atendimento, o que gerou mais revolta e frustração.
O homem disse que recorreu à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), chegando a implorar atendimento, mas, por sua vez, também omitiram socorro. Os agentes do Órgão municipal disseram que não tinham obrigação de atuar naquela determinada situação. “Não teve socorro, a SMTT, só agiu porque eu tive ação de filmar a viatura, fiquei revoltado com a situação, e ainda falaram que não era obrigação deles”, disse o rapaz.
O caso de Aline não é fato isolado na cidade. Várias outras queixas de situações semelhantes atribuídas as atitudes omissas dos órgãos supracitados foram relatadas nas redes sociais, onde consta a postagem publicada da situação da mulher.