Lei anti-Oruam: projeto que quer proibir o contrato público com artistas que fazem apologia ao crime tramita em Maceió

Oruam tem o nome associado a um projeto de lei  — Foto: Reprodução / Instagram Oruam

Oruam tem o nome associado a um projeto de lei — Foto: Reprodução / Instagram Oruam

Foi protocolado em Maceió um projeto de lei que tenta proibir o município de contratar artistas que fazem apologia ao crime. O projeto, que ficou nacionalmente conhecido como ‘lei anti-Oruam’, tramita na Comissão de Constituição Justiça e Redação Final (CCJ).

A iniciativa já ganhou força e propostas semelhantes foram feitas no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Amazonas e também no Distrito Federal.

Em Maceió, o PL foi protocolado pelo vereador Thiago Prado (PP) no dia 31 de janeiro. O texto prevê que a administração pública municipal não poderá contratar, apoiar ou patrocinar shows e eventos que tenham conteúdos que incentivem práticas criminosas.

O projeto faz referência ao rapper Oruam, que coleciona quase 9 milhões de seguidores no Instagram e é o dono do hit mais ouvido do Spotify. Oruam tem no seu repertório músicas que falam sobre ostentação, sexo e o fato de ele ser filho do traficante Marcinho VP.

“O crime organizado e o tráfico de drogas são problemas graves que impactam diretamente a segurança da população. Não podemos permitir que o poder público financie artistas que enaltecem essa realidade. Essa contradição precisa acabar”, disse o vereador.

O projeto de lei agora aguarda ser deliberado pelo plenário para tramitação no CCJ, onde será analisado pelas comissões responsáveis antes de ser votado pelos vereadores, ainda sem data prevista.

Quem é Oruam?

Aos 25 anos, Mauro Davi dos Santos é figura carimbada nos festivais, já se apresentou no Lollapalooza e Rock in Rio. Ele tem mais de 13 milhões de ouvintes só no Spotify e já e firmou de vez como um dos rappers mais promissores do trap.

Oruam é filho de Marcinho VP, preso por assassinato, formação de quadrilha e tráfico, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho. O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

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