Justiça determina tratamento psiquiátrico para pai que matou filho com deficiência
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) assegurou o encaminhamento de um homem para tratamento psiquiátrico, após comprovar sua inimputabilidade no caso do assassinato de seu próprio filho, ocorrido em 2023, na cidade de São José da Laje. O réu será submetido a medidas de segurança e receberá acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPs).
Durante o julgamento, o Defensor Público Aloísio Moro demonstrou que o homem já apresentava alterações de comportamento antes do crime. Testemunhas relataram episódios de confusão mental, incluindo ameaças a desconhecidos no centro do município. Na época, ele chegou a ser levado pela polícia para um hospital, mas não recebeu encaminhamento adequado para tratamento psiquiátrico.
No dia do crime, policiais que realizaram a prisão afirmaram que o homem estava completamente desorientado, falava de forma incoerente e sequer lembrava do que havia feito com o filho. Inclusive, no dia do julgamento, o réu começou a conversar sozinho ao ver sua imagem exibida na televisão.
Conforme os autos do processo, o homem cuidava sozinho do filho há 27 anos. O jovem, que usava cadeira de rodas, vivia com o pai em um sítio isolado, em condições precárias.
Após o crime, o réu foi internado em um manicômio judiciário para avaliação psiquiátrica. No entanto, o laudo pericial apresentou contradições: afirmava que ele era capaz de responder pelo crime, mas também apontava indícios de distúrbios psiquiátricos.