Foto: arquivo pessoal

 

Por Luciano Cardeal – Jornalista

 

Após ter a matrícula indeferida em definitivo para o início do ano letivo 2025.1 no curso de Medicina da UFAL, mesmo tendo apresentado todos os recursos necessários à banca examinadora da instituição de ensino, o estudante Davi Ramon, 19, novamente tem motivos para comemorar à sua conquista, e cursar a tão sonhada faculdade.

“Estou muito animado para o início das aulas de Medicina! Aliviado por finalmente conseguir começar junto com todos os meus colegas. Foi uma caminhada difícil, mas agora é só focar nessa caminhada. Não vejo a hora de chegar segunda-feira [20/01]!”, disse Davi, bastante entusiasmado com a nova fase.

Após a advogada Dra. Katy Oliveira, ter abraçado a causa de Davi e também de sua família – já que o sonho do jovem é mútuo -, e ter gerado um desgastante processo judicial de mandado de segurança contra a universidade.

“A advogada deu entrada ao processo, mas estávamos preocupados, pois o Judiciário entraria em recesso a partir de 20 de dezembro de 2024, o que poderia atrasar o resultado e impedir que o Davi iniciasse a faculdade no prazo adequado, em 20 de janeiro, pois, bem sabemos que, mesmo com um mandado de segurança, o Judiciário muitas vezes é moroso, e há prazos para análise do pedido”, disse Janny, que vibrou com a vitória do cunhado.

Entretanto, o caso de Davi ganhou bastante repercussão na imprensa local e até na nacional após ter sido amplamente divulgado a partir de uma matéria, inicialmente, publicada no portal de notícias Estadão Alagoas e, a partis disso, gerou uma pressão popular significativa sobre a UFAL e a Justiça alagoana.

Acreditamos que isso contribuiu para uma análise mais rápida do mandado de segurança. Felizmente, a decisão judicial foi favorável: a juíza determinou que a matrícula de Davi fosse realizada. Ele iniciará o curso de medicina na UFAL, em Arapiraca, nesta segunda-feira, 20 de janeiro.

Após a repercussão do caso, o Ministério Público abriu uma investigação sobre possíveis irregularidades na banca responsável pela análise de candidatos PCD (Autistas). O MP está examinando os últimos cinco anos de matrículas indeferidas de estudantes com autismo na UFAL e apurando possíveis irregularidades no processo seletivo.

“Somos gratos ao Estadão Alagoas por abrir espaço para o caso, pois, se houver outras irregularidades como esta, esperamos que também sejam identificadas e corrigidas. Desejamos que todas as pessoas prejudicadas tenham seus direitos reparados, garantindo justiça para todos, assim como o Davi teve, conclui Janny.

O Estadão Alagoas deseja toda sorte ao futuro Doutor Davi Ramon, e que ele desfrute dessa jornada acadêmica, realidade agora, decorrente de seu mérito!

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