Um alagoano – identificado como Everson Santos da Silva, de 36 anos – foi assassinado em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, no Mato Grosso.

A Polícia Civil informou que suspeitos executaram Everson após ele fazer um gesto com as mãos que eles interpretaram como alusivo a uma facção criminosa. O crime aconteceu em uma área de mata, onde os policiais encontraram o corpo da vítima na sexta-feira (10). Everson estava com as mãos amarradas, ao lado de uma árvore, e apresentava perfurações de arma de fogo.

De acordo com as investigações, Everson estava em um bar controlado pelo crime organizado. No local, ele tirou uma foto fazendo um gesto com as mãos que remete ao número três. O delegado esclareceu que Everson não tinha intenção de associar o gesto a qualquer facção criminosa, mas os suspeitos interpretaram o ato como uma provocação à facção rival e decidiram matá-lo.

Everson trabalhava em uma empresa terceirizada de uma concessionária de energia no estado. O caso chocou a comunidade local e levou à prisão de dois adultos e à apreensão de um adolescente envolvidos no homicídio.

Os policiais localizaram os suspeitos em um apartamento no Bairro Jardim Alvorada. Durante a abordagem, os criminosos tentaram se esconder, mas os agentes os capturaram rapidamente. Em depoimento, os suspeitos confessaram o crime e alegaram que acreditavam que a vítima tinha ligação com uma facção criminosa paulista, fato que a polícia não confirmou.

No apartamento, os policiais apreenderam um revólver calibre 38 com duas munições intactas e uma deflagrada, escondido dentro de um armário. Também recolheram porções de cocaína e os cartões bancários da vítima. Os suspeitos negaram possuir celulares, mas os policiais encontraram quatro aparelhos na parte térrea do prédio. Segundo os agentes, o trio jogou os celulares pela sacada ao perceber a chegada da equipe.

Os dois adultos foram autuados em flagrante na Delegacia de Sorriso pelos crimes de homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro, integração a organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo. O adolescente responderá por ato infracional análogo aos mesmos crimes. As investigações seguem para identificar outros.