Morre em Pernambuco mulher que contraiu raiva humana após mordida de sagui
Uma mulher de 56 anos, moradora de Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, faleceu no último sábado (11) em decorrência de complicações causadas pela raiva humana. Ela estava internada em estado grave no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC/UPE) desde o final de dezembro, após ser mordida por um sagui. Este é o primeiro caso da doença registrado no estado em oito anos.
Ataque de sagui e evolução da doença
O incidente ocorreu quando um sagui, que teria se aproximado da área urbana devido a queimadas na região, atacou a mulher. A mordida resultou na transmissão do vírus da raiva, confirmado posteriormente pelo Instituto Pasteur, que identificou a origem silvestre do patógeno.
A mulher deu entrada no hospital no dia 31 de dezembro, apresentando sintomas iniciais como dormência, dores e fraqueza muscular. Rapidamente, seu estado se agravou, e no dia 2 de janeiro, ela já enfrentava sintomas neurológicos severos, como agitação, dificuldades respiratórias e necessidade de ventilação mecânica.
A luta contra a raiva
Apesar dos esforços da equipe médica, a paciente não resistiu e faleceu em 11 de janeiro. A confirmação oficial da infecção pela raiva foi divulgada dois dias antes pela Secretaria Estadual de Saúde.
Raiva: uma doença letal
A raiva é uma doença viral com taxa de mortalidade próxima a 100% após o início dos sintomas. No caso da mulher pernambucana, a infecção evoluiu rapidamente devido à falta de profilaxia imediata, que é a única forma de prevenir a manifestação clínica da doença.
Os sinais iniciais incluem febre, dores e mal-estar, mas, conforme o vírus avança, surgem sintomas neurológicos graves, como dificuldade para engolir, agitação e paralisia.
Alerta de prevenção
Este trágico caso reforça a necessidade de buscar atendimento médico imediato em caso de mordidas ou contato com animais silvestres. Além disso, a vacinação de cães e gatos é essencial para proteger a população.
A morte da mulher é um alerta para a vigilância sobre o risco de transmissão da raiva por animais silvestres, destacando a importância de ações preventivas e conscientização pública.