Aldeia em Palmeira dos Índios sofre com constantes queimadas e líder índigena faz apelo por uma solução urgente; veja o vídeo

Por Luciano Cardeal – Jornalista

 

A Aldeia Mãe Serra do Capela, localizada em Palmeira dos Índios, sofre com constantes queimadas em terras índigenas e pajé clama por solução por parte das autoridades, sobretudo, a empresa encarregada pelo fornecimento de água e energia na localidade, pois, a comunidade já registra bastante prejuízo devido a esse problema.

Purinan, Pajé da aldeia e também Agente Índigena de Saúde (AIS), diz que essa é a terceira vez em que houve queimada na comunidade onde co-lidera, sendo contabilizados prejuízos incalculáveis nas plantações, produções que são ítens básicos para a sobrevivência da referida população.

Ainda de acordo com o líder índigena, cabos de energia elétrica, de material duvido, e que não são mais usuais para construção desse tipo de rede elétrica, seria o pivor dos recorrentes focos de queimadas na comunidade. A estrutura da rede elétrica, que tem cerca de 300 metros, já havia sido condenada pelas autoridades há cinco anos, contudo, mesmo com todas as solicitações feitas para os devidos reparos, nenhuma providência, até então, foi tomada pelo órgão responsável.

O líder reclama da negligência da coordenação da atual gestão da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), órgão do Ministério da Saúde que coordena e executa a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e atende mais de 762 mil indígenas aldeados em todo o Brasil. De acordo com ele, a coordenação mostra-se pouco solícita ao caso. O órgão que, de modo geral, é responsável pela assistência dos povos índigenas, sendo assim, também de total responsabilidade ao abastecimento de água e energia na comunidade, visto se tratar de uma empresa da iniciativa privada.

Segundo Purinan, houve perda total na plantação de 2 mil mudas de pés de Sabiá – um tipo de planta que produz pequenos frutos alaranjados e suculentos e que são extremamente atrativa para pássaros e que também agrada a muitas espécies de peixes. Além da perda da safra de manga, de cajú e também de jaca.

“Está tendo, sim, vista grossa, por parte da coordenação [SESAI]. Há uma falta de responsabilidade e compromisso, já foram feitas várias solicitações, por escrito e também verbalmente, mas nenhuma satisfação vem sendo dada, mesmo com os vários pedidos de socorro para nossa comunidade, ficamos a mercê da boa vontade dos responsáveis”, diz Purinan.

Ainda, segundo o que foi informado, em visita técnica, o Copo de Bombeiros esteve no local para realizar uma perícia, porém de forma superficial, e nada ficou esclareido sobre as possíveis causas e soluções imediatas para o problema.

 

 

 

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