Professor da Ufal lança biografia do médico alagoano Ib Gatto

 

“Se os médicos alagoanos fossem uma cordilheira, Dr. Ib Gatto seria o Himalaia”. Esta definição foi feita pelo cirurgião e professor de Cirurgia Digestiva da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), João Batista Neto, presidente interino do Núcleo Alagoano para a História da Medicina (2007) e idealizador da biografia intitulada “IB Gatto Falcão: olhar de cirurgião”.

Participaram da obra personalidades da medicina alagoana ou de sua vida cultural, como o médico Milton Hênio Goveia, Rostand Lanverly, Geraldo Vergetti, Agatângelo Vasconcelos, Lauternay Perdigão, Maysa Brandão, Benedito Ramos, dentre outros. “A imortalidade, ou seja, o fato de ser lembrado por gerações que não conheceram um personagem, costuma predominar entre os políticos e artistas.

Segundo o romancista Milan Kundera, há duas categorias de imortalidade: quando a pessoa é apenas recordada por quem o conheceu. E a grande imortalidade, quando o personagem é lembrado constantemente por pessoas que não o conheceram, mas que foram impregnados pelo impacto da obra em sua vida pessoal. Nesta, está a figura do dr Ib Gatto Falcão, que ao proferir a Oracão do seu Jubileu de formatura, estimulado pelos colegas afirmou: ‘Construí escolas, erigi hospitais e fundei Faculdades de Medicina’”, destacou o professor João Batista.

Ele considera que o livro não é uma biografia propriamente dita nos termos clássicos. Mas um biografema, pois “seriam flagrantes que iluminam detalhes, prenhes da obra do biografado, de onde emergem luzes de sua vida, pela conjunção de pontes metafóricas entre a realidade e a ficção. Mas encantam como se fossem fotografias, conforme o conceito desenvolvido pelo francês Roland Barthes”, disse.

Em um texto breve, autor e colaboradores relatam os dados mais luminosos de Ib Gatto Falcão, desde quando perdeu o pai, Oscar Marinho, muito cedo, e sua querida mãe, Eponina Calheiros. “Ela foi seu farol e porto, a ponto de inaugurar o Hospital do Câncer da Santa Casa de Maceió, em 1947, no dia do nascimento da mãe. Não há uma grande obra de saúde pública em Alagoas em que ele não a tenha tocado, executado ou idealizado. Cirurgião ambidestro, operava como numa sinfonia das mãos. Se formou em medicina em 1935, na Faculdade de Medicina da Bahia, fundada com a vinda da família real”, lembrou o professor.

João Batista, também cirurgião e professor da Ufal acrescentou à obra reflexões, provérbios, chistes sobre medicina, médicos, doentes e saúde, concluindo com o texto ‘Grandes mestres, legados infinitos’ de autoria do professor Ricardo Camelo. O livro encerra com as leituras sugeridas publicadas em livros de autoria do biografado, outros autores e uma entrevista publicada no Youtube realizada por July Moura.

O livro pode ser adquirido com o livreiro Sebastião Medeiros, por R$ 40,00 (quarenta reais) pelo WhatsApp: (82)98155-9787.

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