Pedágios em rodovias de Alagoas gera debates e descontentamento com federalização de rodovias
A decisão de federalizar trechos das rodovias AL-101 Sul, AL-455 e AL-105, oficializada pela portaria nº 1.090 no Diário Oficial da União na última sexta-feira (6), está gerando apreensão em Alagoas. A medida, conduzida pelo Ministério dos Transportes, levanta suspeitas de que possa abrir caminho para concessões à iniciativa privada, com a possível implantação de pedágios nas estradas, impactando diretamente o bolso dos alagoanos.
A mudança ocorre em um contexto político marcado pela proximidade entre o ministro Renan Filho e o governador Paulo Dantas. Para críticos, essa aliança pode priorizar interesses políticos e empresariais em detrimento da população local. Moradores e especialistas temem que a instalação de pedágios agrave ainda mais o custo de vida, especialmente para aqueles que dependem das rodovias para deslocamentos diários.
A AL-101 Sul, por exemplo, é uma das vias mais movimentadas do estado, essencial para o transporte de trabalhadores e mercadorias. Especialistas alertam que um aumento no custo de deslocamento pode ter efeitos negativos em toda a economia local, desde a mobilidade urbana até o encarecimento de produtos e serviços.
Enquanto o Governo Federal argumenta que a federalização permitirá melhorias estruturais nas estradas, moradores e lideranças locais defendem que a solução não deveria recair sobre a privatização, mas sim sobre uma gestão pública mais eficiente. Para os alagoanos, a principal preocupação não é a qualidade das rodovias, mas quem será responsabilizado pelos custos das mudanças.