Revista “Elas no Poder” é lançada com palestra de Maitê Proença
A atriz e escritora Maitê Proença dialogou, nesta quarta-feira (4), com mulheres do Judiciário alagoano sobre resiliência e fortalecimento. No Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), ela refletiu com o público sobre temas como verdade, saúde e autoconhecimento.
O evento marcou o lançamento da segunda edição da revista Elas no Poder, produzida pelo Grupo de Trabalho de Promoção da Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário (GTPIF). Durante a cerimônia, servidoras e magistradas foram homenageadas com o prêmio Mulheres que Inspiram, que reconhece trajetórias de superação e comprometimento no âmbito da Justiça alagoana. A atividade também encerrou a gestão da desembargadora Elisabeth Carvalho à frente da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).
Maitê Proença: coragem para sermos quem somos
No bate-papo mediado por Irina Costa, diretora do Centro de Cultura e Memória do Judiciário (CCM/TJAL), Maitê Proença compartilhou reflexões sobre os desafios diários e a busca por uma vida mais leve e autêntica.
“Falamos sobre como viver melhor, de forma mais leve e corajosa. A vida não é fácil para ninguém, mas precisamos encontrar maneiras de fortalecer nosso espírito e enfrentar as agruras do dia a dia. Compartilhei como fui descobrindo e elaborando maneiras de viver com menos peso e mais otimismo”, explicou a atriz.
Ela destacou a importância de encarar a própria verdade para alcançar evolução. “As pessoas têm dificuldades para se olharem com honestidade. Muitas vezes, se desculpam ou se auto-elogiam, mas lá no íntimo sabem que poderiam ter agido de outra forma. É preciso coragem para olhar para dentro, reconhecer falhas e tentar fazer diferente. Se não fizermos isso, podemos acabar desperdiçando a vida. E, lá na frente, quando não há mais tempo, isso é triste”, disse.
Maitê também incentivou o público a estimular a maturidade emocional. “Todos os dias podemos dar pequenos passos para nos aprimorarmos. É esse esforço diário que faz a diferença e traz propósito para a caminhada”, analisou.
Avanços e desafios na participação feminina no Judiciário
A presidente do GTPIF, desembargadora Elisabeth Carvalho, acompanhou o evento e ressaltou os esforços para ampliar a presença feminina no Judiciário.
“Fui a terceira juíza do estado de Alagoas. Hoje, temos mais de cem. Embora tenhamos avançado nas comarcas, o ambiente do Tribunal ainda é mais fechado para as mulheres. Abrimos a porta; agora precisamos abrir os portões”, salientou.
Elisabeth destacou ainda a importância do crescimento cultural e espiritual na formação das pessoas que fazem parte do Sistema de Justiça. “Um juiz precisa conhecer além do Direito, precisa ter noções de psicologia e cultura geral para entender melhor as pessoas e os casos que julga”, defendeu.
Lançamento da revista Elas no Poder
Com edições trimestrais, a segunda edição da revista, agora disponível também em versão digital para celulares e tablets, visa dar visibilidade às conquistas e desafios das mulheres do TJAL. Clique aqui para ler.
Para a juíza Paula Brito, integrante do GTPIF, o maior propósito da publicação é a visibilidade. “Queremos inspirar com histórias reais de superação e comprometimento”, destacou.
Já a juíza Fernanda Brito Diamantaras acredita que a publicação pode inspirar mulheres a ocuparem espaços tradicionalmente ocupados por homens. “Cada página representa um passo em direção a um Judiciário mais equânime”, acrescentou.
Prêmio Mulheres que Inspiram
Durante a cerimônia, três mulheres foram homenageadas:
Ana Valéria Pitta: Servidora, assistente social e bacharel em Direito, atua desde 2007 no Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE).
Carolina Sampaio Valões: Magistrada desde 2010, titular do 1º Juizado Cível de Arapiraca e coordenadora de Projetos Especiais da Esmal.
Luciana de Omena Souza: Servidora do Judiciário há 31 anos e secretária especial da Presidência do TJAL.
Luciana expressou emoção ao receber o prêmio. “É uma honra. Trabalhamos para aproximar o Judiciário da sociedade, mostrando que nossas ações vão além dos processos, impactando a vida das pessoas com ações sociais que fazem a diferença na vida das pessoas”, ponderou.