MP pede afastamento de delegado preso por forjar provas no caso Kléber Malaquias
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) ajuizou uma ação civil pública e pediu o afastamento do delegado preso pela Polícia Federal (PF) acusado de prejudicar as investigações da morte do empresário Kléber Malaquias, assassinado em 2020, na cidade de Rio Largo.
De acordo com o MP, o afastamento do cargo público é durante o período de 90 dias, podendo ser prorrogado por mais 90, além da proibição de exercer qualquer função pública ou manter comunicação física ou eletrônica com a Polícia Civil durante esse período.
O órgão também solicitou que seja aplicada pagamento de uma multa de até 24 vezes o valor da remuneração que o delegado recebe. A justificativa para os pedidos é que o MP acredita que, mesmo afastado parcialmente, o delegado pode influenciar outros policiais civis.
Prisão
O delegado foi preso pela Polícia Federal em 18 de setembro e, à época, ele exercia a função de diretor da Polícia Judiciária da Região Metropolitana (DPJ1), além de coordenar a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico.
O Ministério Público informou que ele teria forjado provas no caso da morte do empresário Kléber Malaquias, com o intuito de incriminar um policial militar assassinado pela esposa em 2022.
Apesar disso, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinou que o delegado fosse solto por entender que “”apesar de a acusação ser gravíssima, os crimes imputados ao delegado não foram cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa”. A Justiça alegou que as medidas cautelares aplicadas eram suficiente. São elas:
- Proibição absoluta de manter contato com pessoas relacionadas aos fatos investigados sobre o homicídio de Kleber Malaquias (acusados, testemunhas, e declarantes)
- Obrigação de comparecer a todos os atos do processo em que figura como acusado
- Retirada de qualquer função de direção até a conclusão do processo