Defesa de PM investigado na morte de feirante em Palmeira alega que ela cometeu suicídio
O caso do suposto feminicídio da feirante Solange Silva, 44 anos, ocorrido no dia 20 de novembro nas dependências de um hotel localizado no centro de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, está sendo tratado pela defesa do suspeito do crime, Sampaio, sargento da Polícia Militar, como suicídio. A afirmação foi dada nesta quarta-feira (27).
O advogado Cicero Pitta afirma que a vítima tirou a própria vida, e não há dúvida disso. Ele disse que o laudo do Instituto de Criminalística (IC) feito no local no dia do ocorrido irá comprovar sua tese, de que a vítima usou a pistola do policial para cometer o ato.
Ainda de acordo com Pitta, o seu cliente, de fato, tinha um relacionamento com a feirante, porém, de forma casual e que, na noite do crime, ela que teria o procurado e proposto o encontro no quarto em que estava hospedada.
Segundo ele, naquela noite, Sampaio estaria no seu ponto comercial, que também fica no Centro e que, ao chegar no local, os dois tiveram uma conversa, vindo a ser interrompida por uma ligação do irmão dele. Ainda na ocasião, Solange teria ficado nervosa ao desconfiar que a pessoa que estaria em ligação com o PM, seria uma provável amante dele, deixando-a irritada.
E, ao sair para retornar ao seu estabelecimento, a mulher teria ficado sozinha no quarto, quando o mesmo teria ouviu estampido de arma de fogo, e logo percebeu que havia esquecido sua arma no quarto onde mulher se encontrava. Ao retornar ao quarto, que estava trancada, ele se deparou com a vítima já caída no chão, ensanguentada. Ainda segundo o relato do advogado, o homem desceu do prédio e pediu ajuda para acionar à polícia.
O advogado disse que Sampaio trabalha há mais de 30 anos de carreira militar e não tem antecedentes criminais e que nunca respodeu processo. O sargento se apresentou à Polícia Civil na terça-feira, 26, ele prestou depoimento e em seguida foi liberado. As investigações seguem em sigilo até a conclusão do inquérito policial.