Cunhado queria engravidar a esposa de Igor Peretto, morto após traição
O cunhado de Igor Peretto, Mario Vitorino, queria engravidar a esposa do comerciante que foi morto a facadas em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto após descobrir a traição. Em mensagens enviadas no dia do crime, Mario e Rafaela Costa, a viúva, trocaram declarações de amor.
Com o nome do contato salvo como “acessório”, eles falaram que se amam e enviaram fotos de visualização única. Em determinado momento da noite, Rafaela, que estava com Marcelly Peretto, irmã de Igor e companheira de Mario, questionou o amante sobre ter falado de engravidar Marcelly. “Ah, sai fora. Sério isso? [risos]. Meu deus. Quero engravidar você”, rebateu Mário.
No começo de novembro, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a prisão preventiva dos três envolvidos. A pasta concluiu que o trio atraiu o empresário para o local do crime.
A denúncia, apresentada no dia 29 de outubro, detalha que a vítima foi brutalmente assassinada com várias facadas. As promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bena Perez Fernandes, responsáveis pela denúncia, destacaram a gravidade do ato e que a liberdade dos denunciados representaria risco à ordem pública.
Ainda segundo o MPSP, o crime foi motivado por razões torpes e cometido de forma cruel, o que justifica a prisão preventiva, mesmo diante de condições pessoais favoráveis dos acusados.
Entenda quem é quem no caso
Igor era irmão de Marcelly Marlene Delfino Peretto, de 21 anos, dona do apartamento em que ocorreu o crime. Marcelly era casada com Mario Vitorino da Silva Neto, de 23 anos, amigo de Igor desde a adolescência.
Da relação de amizade, nasceu o relacionamento de Mario e Marcelly, além de planos de negócios. Isso porque os dois homens eram sócios em uma loja de motocicletas.
Outra envolvida na trama é Rafaela Costa da Silva, de 26 anos, esposa de Igor. Juntos eles tiveram um filho, Theo, hoje com 5 anos.
De acordo com o interrogatório de Marcelly à polícia, Rafaela e Mario começaram a ter um caso durante uma viagem a Fortaleza (CE). A mulher não revelou em que data ocorreu a viagem, mas disse que o passeio foi planejado para comemorar o aniversário de Igor.
Já segundo o depoimento de Rafaela à polícia, ela e a irmã de Igor também eram amantes. As duas, inclusive, trocaram carícias e beijos momentos antes do crime.
Para o MPSP, Igor foi morto porque atrapalhava o triângulo amoroso. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mario, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles”, diz manifestação do MP de 29 de outubro.