Delator do PCC assassinado em aeroporto de SP havia chegado de Maceió, diz site
Delator da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros quando desembarcava no aeroporto internacional de Guarulhos (SP), na tarde de sexta-feira (8). Segundo informações do portal UOL, ele havia saído de Alagoas rumo a São Paulo.
O site trouxe, na manhã deste sábado (09), a informação de que Gritzbach estaria voltando de uma viagem a Maceió, com a namorada e o motorista particular dele. Pelo menos outras três pessoas foram atingidas por tiros no local. Os disparos foram feitos perto do portão, em meio à circulação de outros passageiros. Os atiradores entraram no carro e fugiram.
Imagens do ataque mostram que ele havia acabado de deixar a área de desembarque do terminal 2 do aeroporto, quando homens encapuzados saíram de um Volkswagen Gol preto e atiraram contra o empresário. Veja a cronologia do caso abaixo:
Momentos antes da morte – O UOL divulgou também que um suposto problema teria acontecido na escolta do empresário, que era feita por quatro policiais militares contratados por ele mesmo. Segundo a Polícia Civil, o Volkswagen Amarok apresentou uma falha e foi deixado em um posto de combustível sem acessar a área de desembarque.
A investigação irá apurar se houve mesmo falha mecânica ou se o episódio pode estar relacionado com o crime. O filho e um amigo de Gritzbach foram levados do local pelos seguranças particulares do empresário. Eles chegaram ao terminal 2 no veículo Trailblazer, o outro da escolta.
Hora do crime – Por volta das 16h, assim que deixa o saguão do aeroporto, o empresário é assassinado por dois homens encapuzados com fuzis. Os atiradores entraram em um Gol preto e fugiram do local. As imagens mostram, no meio do tiroteio, passageiros correndo com suas malas e funcionários tentando escapar. A ação deixou outras três pessoas feridas, que não tinham relação com Gritzbach.
Depois do atentado – A namorada do empresário deixou o local antes da chegada da polícia. Ela foi embora com um dos PMs que integrava a escolta do empresário e já foi ouvida pelas autoridades. Os feridos foram levados ao Hospital Geral de Guarulhos. O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Morais, 41, foi atingido por um tiro nas costas e está na UTI.
Ainda em observação no hospital, o funcionário de uma empresa terceirizada do aeroporto, Willian Sousa Santos, 39, sofreu ferimentos na mão direita e no ombro. Ferida superficialmente no abdômen, Samara Lima de Oliveira, 28, teve alta.
O veículo usado no crime foi abandonado nas imediações do aeroporto. Dentro dele, havia munição de fuzil e um colete à prova de balas. O setor do aeroporto foi fechado para perícia e os funcionários foram orientados a deixar o local e não relatar o ocorrido.
Policiais militares que faziam a escolta do empresário morto prestaram depoimento e tiveram os seus celulares apreendidos. Os agentes foram identificados como Leandro Ortiz, 39, Adolfo Oliveira Chagas, 34, Jefferson Silva Marques de Sousa, 29, e Romarks César Ferreira de Lima, 35.
A polícia investiga se ele foi assassinado a mando do PCC. Mas não descarta outras possibilidades, como queima de arquivo, já que havia assinado acordo de delação premiada e tinha vários inimigos agentes públicos, a quem disse ter pago altos valores em propinas.