Família e amigos de João de Assis protestam antes de júri no Fórum do Barro Duro

 

Familiares, amigos e colegas de trabalho do auditor fiscal João de Assis Pinto realizam, na manhã desta quinta-feira (31), um protesto no Fórum do Barro Duro, onde ocorre hoje o júri dos acusados de matar a vítima. João foi brutalmente assassinado, com seu corpo queimado e desovado em um canavial em Maceió, em outubro de 2022.

Francisco Suruagy, secretário especial da Receita de Alagoas, destacou que o dia é marcante e pede justiça. “Ele mantinha o mesmo compromisso e dedicação ao serviço público desde o primeiro dia que ingressou. Devido ao seu empenho e ao seu trabalho, este momento é extremamente significativo”, disse em entrevista.

Suruagy também ressaltou o empenho do servidor. “Era um dos servidores estaduais mais premiados. Ele foi condecorado em vida e, também, postumamente, o que prova o reconhecimento de todo o seu trabalho e compromisso com o serviço público. Vamos acompanhar todo o julgamento.”

No banco dos réus, estão os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva e João Marcos Gomes de Araújo, além da mãe deles, Maria Selma Gomes Meira, e Vinicius Ricardo de Araújo Silva. Maria Selma e seu filho João Marcos são acusados de fornecer suporte moral aos executores, facilitando o crime.

Os irmãos Ronaldo e Ricardo, junto com Vinicius, são apontados como responsáveis por torturar João de Assis, resultando em graves lesões que culminaram em sua execução. Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, além de crimes conexos, como fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver.

João de Assis, à época com 62 anos, foi brutalmente assassinado e seu corpo queimado e desovado em um canavial. O auditor fiscal cumpria seu papel de servidor público e teria incomodado os proprietários do “Ponto 29”, localizado no Conjunto Cleto Marques Luz, no Tabuleiro do Martins, ao encontrar possíveis irregularidades fiscais em seu estabelecimento comercial.

O Ministério Público de Alagoas terá como acusadora a promotora de Justiça Adilza de Freitas, titular da 42ª Promotoria de Justiça, que atuará ao lado do assistente de acusação Bruno Vasconcelos Barros. A acusação se baseia em crime triplamente qualificado – com motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

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