Alagoas já registrou 14 óbitos por hepatites virais e 209 casos este ano
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN/MS), Alagoas registrou, nos primeiros nove meses deste ano, 209 casos e 14 óbitos por hepatites virais. De janeiro a setembro do ano passado, foram computados 264 casos e 7 óbitos. Já em 2023, o estado contabilizou 376 casos de hepatites virais, com 11 óbitos.
Por serem doenças silenciosas que afetam o fígado em um processo infeccioso, elas muitas vezes evoluem para doenças mais graves, como câncer hepático ou cirrose, sem que o paciente tenha um diagnóstico. Contudo, podem se manifestar como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
“Por ser uma doença silenciosa, é imprescindível que as pessoas se previnam. No caso da hepatite A, existe um imunizante disponível no calendário básico de vacinação para crianças de 15 meses até 5 anos incompletos, como dose única. Já a hepatite B está disponível nos postos de saúde sem restrições de idade”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Combate às Hepatites Virais, Jussiara Reis.
Outro método de prevenção para a hepatite A é a higienização, visto que a doença é transmitida de modo oral-fecal, por meio de alimentos ou água contaminada. “Por isso, é sempre importante lavar as mãos antes das refeições e sempre higienizar os alimentos”, ressaltou a coordenadora.
Já as hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue contaminado e, no caso da hepatite B, também por meio de relações sexuais, bem como da mãe para o filho durante a gestação. “As relações sexuais devem ser feitas sempre com o uso de preservativo, que pode prevenir as hepatites, além de outras ISTs [Infecções Sexualmente Transmissíveis]”, reforçou Jussiara Reis.
Testes
Com relação ao diagnóstico das hepatites, existem no Sistema Único de Saúde (SUS) testes rápidos que estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Alagoas.
Em casos de diagnósticos positivos para as hepatites, os pacientes podem se dirigir às unidades de referência para tratamento, como o PAM Salgadinho, o Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA) e o Hospital Universitário, em Maceió. Já no interior, o paciente deve se dirigir aos Serviços de Atenção Especializada (SAEs), situados nas cidades de Arapiraca, União dos Palmares e Palmeira dos Índios.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para a segurança clínica da população.
“O acesso ao teste facilita o diagnóstico e o tratamento precoce, o que proporciona a cura e reduz a possibilidade de transmissão para outras pessoas. As hepatites virais são doenças totalmente tratáveis e a assistência é assegurada pelo SUS”, enfatizou o secretário.