Preso por matar Ana Beatriz é investigado por outros crimes semelhantes
O homem, de 42 anos de idade, preso na manhã desta terça-feira (17) sob a suspeita de perseguir e matar a adolescente Ana Beatriz, de 13 anos, em Maceió, também está sendo investigado por outros crimes, incluindo o assassinato de outra menor de idade. O delegado Francisco Medson, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse, em entrevista que há outros inquéritos que envolvem o suspeito, com indícios de compatibilidade e semelhança entre os casos.
“Existem outros inquéritos, de outras vítimas, que são compatíveis com esse caso Ana Beatriz. Então há possibilidade de ele estar envolvido em outros crimes semelhantes. Se concretizada a participação dele nesses crimes, vamos ter alguém que praticou crimes em série. Mas isso é uma tese, uma hipótese, que trabalhamos com elementos de prova”, destacou Medson.
Ainda segundo o delegado, o assassinato de Ana Beatriz não teria sido algo “ocasional”, e o suspeito tinha ou tentava ter um relacionamento com a menor de idade. “Muito provavelmente ele já conhecia e assediava a moça. Não acredito que tenha sido algo ocasional, e a conclusão do inquérito vai mostrar isso. Então provavelmente ele conhecia a vítima e/ou tinha ou tentava ter algum relacionamento com a adolescente”.
O delegado também destacou que o suspeito, que diz ser uma pessoa que trabalha como agente de segurança, mostrou frieza no momento da prisão e negou ter matado a adolescente. “Ele nega que tenha participado do crime e se mostra surpreso com a prisão […] A gente viu frieza nele, nenhuma pessoa que diz ser agente de segurança quer ter a Segurança Pública na sua residência”.
O caso – A adolescente de apenas 13 anos de idade foi assassinada com um tiro na cabeça, na noite do dia 26 de agosto, no bairro da Levada, em Maceió. Segundo a ocorrência do 1º Batalhão da Polícia Militar, a vítima teria sido seguida pelo criminoso e baleada na cabeça. O homem teria fugido logo em seguida, com a arma em punho, em direção à Vila Brejal. Testemunhas relataram que o assassino estava usando roupas pretas e media cerca de 1,75m.
Ana Beatriz chegou a ser socorrida por populares ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas a polícia constatou o óbito na unidade hospitalar logo depois. De acordo com o relatório, familiares da jovem disseram aos militares que ela não tinha envolvimento com o tráfico e nem era usuária de drogas. A família acredita que o autor do crime possa ter tentado se relacionar com a vítima, que possivelmente não queria nada com ele. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, está com o caso.