A razão por que Marçal vai manter agressividade em debates
Uma avaliação em comum tem sido feita por adversários e aliados de Pablo Marçal sobre o avanço expressivo na rejeição ao ex-coach entre eleitores de São Paulo nas últimas pesquisas. Para além do desgaste provocado pelas propagandas rivais, Marçal também estaria sendo minado pelo próprio estilo caótico e altamente beligerante pelo qual vem chamando atenção.
O ex-coach, no entanto, já anunciou que não deve apaziguar os ânimos no próximo debate da disputa pela Prefeitura de São Paulo, no domingo (15/9). “O que eu espero é que seja a maior baixaria de todos os tempos o debate no final de semana. Porque eles estão brincando com a honra das pessoas, destruindo o que a gente construiu”, disse nessa sexta-feira.
A principal razão pela qual Marçal manterá a atitude, segundo avaliações de interlocutores, é que os debates são o “filé mignon”, o “horário nobre” da estratégia dele nas redes sociais, em razão da publicação de cortes de embates diretos com adversários. A usina de cortes nas redes, ambiente onde o ex-coach supera os rivais, é vista como forma de contrapor sua ausência na propaganda eleitoral oficial.
A conduta controversa, de ignorar perguntas e provocar os adversários de modo muitas vezes infantil, também passa pela firme percepção de Pablo Marçal, já verbalizada por ele publicamente, de que os mais pobres têm predileção por “baixarias”.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (12/9), a rejeição de Marçal foi de 38% para 44%. No mais recente levantamento da Quaest, na quarta-feira (11/9), os eleitores que responderam não votar no ex-coach passaram de 35% para 41%.
A tendência de alta na rejeição a Pablo Marçal pode torná-lo um candidato inviável caso passe ao segundo turno contra Guilherme Boulos (PSol) ou Ricardo Nunes (MDB). As campanhas do emedebista e do psolista têm no candidato do PRTB o adversário dos sonhos em um confronto direto.