Juíza mandou prender Deolane por colocar em risco “ordem pública”
Na decisão que determinou a prisão preventiva de Deolane Bezerra, a juíza Andrea Caldo da Cruz, do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJ-PE), afirmou que não haveria nenhuma outra alternativa para garantir a “ordem pública” que não fosse a detenção da advogada e influenciadora digital. O pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil e teve manifestação favorável do Ministério Público do estado.
Deolane Bezerra foi presa no Recife, suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e práticas de jogos de azar com a empresa Esportes da Sorte. O empreendimento é alvo de denúncias feitas por usuários, que alegam dificuldade para resgatar o dinheiro de apostas ganhas.
A Operação Integration, que prendeu Deolane, mobilizou 170 agentes em todo o Brasil para cumprir 19 mandatos de prisão em Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além do próprio Recife.
Como mostrou a coluna Na Mira, o bloqueio judicial de recursos e o sequestro de bens ultrapassa a casa dos R$ 2 bilhões. No Recife, as ações foram realizadas no centro da cidade e em um prédio de luxo na orla de Boa Viagem, na zona sul.
O que disse Deolane Bezerra
A defesa de Deolane se manifestou nesta quarta-feira, logo após a prisão. “De antemão informamos que nossas clientes possuem condutas inquestionáveis e nunca se negaram a prestar qualquer tipo de esclarecimento, tal qual farão agora”, escreveu a advogada da influenciadora, Adélia Soares.
Deolane respondeu questionamentos da Polícia Civil sobre sua renda mensal e a origem do seu dinheiro. Ela ainda foi questionada sobre o suposto envolvimento com lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes de crimes, além de dúvidas sobre sociedades e administração das suas empresas.