Calor extremo e baixa umidade registrados no país podem atingir Alagoas? Meteorologista explica
O mês de setembro, que é marcado pelo começo da primavera, começou com uma onda de calor intensa em diversos estados do país. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta quarta-feira, 4, ao menos 244 cidades registraram umidade relativa do ar menor que 20% — o que pode causar sérios danos à saúde.
Ainda segundo os dados do Inmet, 10 cidades registraram umidade de 7% nesta terça-feira, chegando a um sensação térmica parecida com os índices do deserto do Atacama, no Chile, que é considerado o mais seco do mundo.
Mas essa onda de calor pode atingir o estado de Alagoas?
o meteorologista da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh-AL), Henrique Mendonça, disse que, neste momento, há um sistema de alta pressão que se estabelece entre o oceano e o continente, o que contribui para altas temperaturas e baixa umidade em Alagoas. Henrique explica que esse sistema deve continuar influenciando na falta de chuva e baixa umidade em algumas regiões do estado nos próximos dias.
“Estamos monitorando esse sistema de alta pressão que atinge o oceano e o continente. Essas duas situações contribuem para um cenário de menos chuva e baixa umidade, principalmente na região do Sertão. Esse cenário deve permanecer em Alagoas até a metade da próxima semana. Na região oeste do estado, a umidade deve ficar abaixo de 40%”, citou.
O meteorologista também explica que a temperatura deve aumentar gradativamente nos próximos meses.
” A tendência é de que a temperatura aumente nos próximos meses, entre a primavera e o verão. Devemos ter altas temperaturas e tempo seco no Sertão. Em algumas regiões, essa temperatura pode atingir 40°C, contribuindo para a baixa umidade. Porém, este cenário deve ficar dentro da normalidade que é prevista para essa época do ano em nosso estado“, completou.
Veja, abaixo, os riscos associados à baixa umidade relativa do ar.
- Riscos à saúde humana, como complicações alérgicas e respiratórias, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos;
- Aumento do potencial de risco de incêndios em pastagens e florestas na região;
- Elevação da evaporação, com consequente diminuição de reservas hídricas.
Como driblar o tempo seco e se proteger?
- Evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
- Umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água;
- Permanecer em locais protegidos do sol, preferencialmente com sombra de árvores;
- Consumir água abundantemente;
- Evitar aglomerações em ambientes fechados;
- Usar soro fisiológico para umidificar olhos e narinas.