Mpox: como a doença é transmitida e como é feita a prevenção?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta quarta-feira (14), que o atual surto de mpox em curso na África é um caso de emergência global. Conhecida anteriormente como varíola dos macacos, a doença é infecciosa e causa erupção cutânea dolorosa, aumento dos gânglios linfáticos e febre.
A decisão da OMS foi tomada após um comitê de emergência, que levou em conta o registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em ascensão há mais de dois anos. Qualquer pessoa pode pegar mpox, já que, segundo o Ministério da Saúde, a doença se espalha pelo contato com pessoas, objetos e animais silvestres infectados.
Como a mpox é transmitida?
De acordo com a OMS, a transmissão de mpox pode ocorrer por meio do contato direto com a pele infectada ou outras lesões, como na boca ou nos órgãos genitais.
Transmissão de pessoas infectadas para pessoas sem a doença:
- Cara a cara (falando ou respirando);
- Pele a pele (toque ou sexo vaginal/anal);
- Boca a boca (beijo);
- Contato boca-pele (sexo oral ou beijo na pele);
- Gotículas respiratórias provenientes de contato próximo prolongado.
Pessoas com múltiplos parceiros sexuais correm maior risco.
Transmissão de animais infectados para humanos não infectados:
- Mordidas ou arranhões de animais;
- Durante atividades como caça, captura, cozimento e/ou ingestão de animais infectados;
A extensão da circulação viral em populações animais não é totalmente conhecida e mais estudos estão em andamento.
Transmissão por objetos contaminados:
Pode ocorrer, por exemplo, por meio de roupas ou lençóis infectados, por meio de ferimentos com objetos cortantes contaminados, ou em ambientes comunitários, como estúdios de tatuagem.
Como prevenir a mpox?
Segundo o Ministério da Saúde as principais formas de prevenção é evitar contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença e lavar regularmente as mãos com água e sabão.
Tomar a vacina contra a mpox também pode ajudar a prevenir a infecção. No Brasil, a imunização antes da exposição ao vírus está priorizando pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. Entre eles homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos que vivem com o vírus do HIV.
Pessoas infectadas devem cumprir isolamento social, que inclui não compartilhar materiais e objetos de uso pessoal, como toalhas, escovas, lençóis e roupas.
A organização ainda orienta que todas as pessoas com sintomas que aparentam ser da mpox devem procurar uma unidade básica de saúde imediatamente.
Outros sintomas da mpox são dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox (período de incubação) é comumente de 3 a 16 dias, podendo a chegar a 21 dias.
O que é a mpox?
A mpox é uma doença causada pelo mpox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. A transmissão do vírus para humanos acontece por meio do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados com o vírus. A doença pode se espalhar por contato próximo, como toque, beijo ou sexo, bem como por materiais contaminados como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.
Os principais sintomas da doença são as lesões na pele, que podem vir acompanhadas de febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox varia de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
As lesões na pele podem ser planas ou levemente elevadas, e são preenchidas por um líquido claro ou amarelado. Conforme a doença evolui, podem formar crostas, que secam e caem. As lesões podem se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas também podem surgir em outras partes do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.