Avião da FAB deve levar corpos para velório em Cascavel, diz prefeito
O prefeito de Cascavel, no oeste do Paraná, Leonaldo Paranhos (PL) disse que os corpos das vítimas do acidente aéreo ocorrido nessa sexta-feira (9/8) em Vinhedo, no interior de São Paulo, podem retornar à cidade paranaense em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Dos 62 mortos na queda do avião da VoePass, pelo menos 22 são de Cascavel, além de algumas vítimas de municípios vizinhos.
No começo da tarde deste domingo (11/8) Paranhos esteve no Instituto Oscar Freire, na capital paulista, onde familiares das vítimas estão sendo recebidos para auxiliar na identificação dos corpos realizada no Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo.
No entanto, o prefeito destacou que para justificar o uso do avião é importante que sejam liberados vários corpos no mesmo espaço de tempo: “Dependemos do IML daqui de São Paulo conforme eles tem condições de fazer essa liberação”.
Paranhos afirmou que um velório coletivo pode ser realizado caso as famílias assim desejem e confirmou a disponibilidade de um centro de eventos em Cascavel.
“Nós colocaremos o Centro de Eventos à disposição das vítimas, mas isso de forma voluntária. Possivelmente, não teremos condições de ter todos os corpos de Cascavel no mesmo momento. Então a gente vai deixar as estruturas prontas a partir de amanhã (segunda-feira). As pessoas vão tomar suas decisões se querem participar”, explicou.
Identificação dos corpos
Todos os corpos resgatados do local do acidente foram levados ao Instituto Médico Legal Central, em São Paulo, para identificação.
Amostras genéticas de familiares foram coletadas para auxiliar nos trabalhos. As autoridades também pediram o histórico médico, como exames de raios X, das vítimas. O objetivo é que todas as informações sejam usadas nas análises.
Até a manhã deste sábado (11/8), apenas os corpos do piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos e do copiloto Humberto Campos Alencar e Silva haviam sido identificados.
Não há previsão para o fim dos trabalhos de identificação nem para a liberação dos corpos e seus respectivos velórios.
Acidente
O avião da VoePass, de modelo ATR-72, partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando, por volta das 15h, caiu verticalmente até colidir com o solo no quintal de uma casa em Vinhedo. A aeronave explodiu e pegou fogo. Ninguém no solo se feriu.
A principal suspeita sobre a causa do acidente é uma falha no sistema anticongelamento, que teria provocado o acúmulo de gelo na aeronave, fazendo com que o piloto perdesse o controle.
Em entrevista coletiva nesse sábado, o chefe do Cenipa, brigadeiro Moreno, reforçou que o avião não fez comunicação de emergência com a torre de controle.