Após pai pedir guarda na Justiça, mãe expõe tio paterno que teria abusado de criança
Uma especialista em estética e beleza, moradora do bairro Clima Bom, na parte alta da Capital, usou as redes sociais nesta quinta-feira, 08, para expor um caso de abuso sexual cometido contra a filha, quando a menina tinha 3 anos de idade. O abusador seria tio paterno da criança.
A mulher, que gravou o vídeo relatando todo o caso, que aconteceu há um ano e um mês, conta que foi motivada a vir a público devido um processo judicial movido pelo genitor da criança contra ela, com quem tinha acordo de guarda compartilhada, que ela passou a descumprir devido o abuso descoberto.
Ela disse que ainda aguarda ação do poder judiciário para apreciação da denúncia formalizada junto à Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, com acompanhamento do Conselho Tutelar da Região e suporte da Defensoria Pública.
“Pra mim é uma situação muito difícil porque eu fui abusada aos meus 12 anos e eu sei o quanto dói, o quanto traumatiza e eu sei o quanto machuca. E ver minha filha passar por isso não está sendo nada fácil, mas como mãe eu tomei minha iniciativa, fiz o que pode, porém já tem um ano e um mês que foi pra delegacia da criança, eu fui ouvida, o indivíduo foi ouvido minha mãe foi ouvida, o pai dela foi ouvido, mas até hoje não teve audiência”, disse.
Abuso descoberto
Segundo a mulher, o acordo que tinha com o ex-marido foi feito de maneira amigável e dizia que a criança ficaria durante a semana com a mãe e aos finais de semana com o pai. Ao voltar no início de uma semana, a mulher e seu atual marido começaram a notar comportamentos diferentes da menina, se escondendo atrás de móveis e portas e tocando as partes íntimas.
Ao questioná-la ela dizia que estava doendo, mas inicialmente não contou o que teria acontecido. Já no caminho para escola a menina teria deixado escapar que o tio, irmão do pai, a havia machucado quando brincava de médico com ela.
Abalada, a mãe deixou a filha na escola e pediu ajuda a familiares que a acompanharam ao conselho tutelar. Lá ela foi orientada e voltou no outro dia para ser ouvida junto com a criança, que em seguida foi levada ao Hospital da Mulher para receber atendimento psicológico e realizar exames físicos, que segundo a mãe, atestaram que a criança havia sido molestada.
Os passos seguintes, segundo a mãe, foi comunicar ao pai da meninas, que ainda de acordo com o relato, nunca acreditou que o irmão teria cometido o ato criminoso contra a sobrinha.
Diante da negativa e com orientação dos conselheiros tutelares a mãe passou a não mais permitir que a criança fosse com o pai para casa e ele passou a vê-la sempre nos dias em que a mãe estivesse de folga, devolvendo-a sempre no mesmo dia.
Relato da menina
A mãe apresentou ainda um vídeo gravado da menina sem que ela percebesse, no qual ela conta, na sede do Conselho Tutelar, o que teria acontecido.
“Ele mexeu na minha florzinha. Ele perguntou se podia brincar com o meu ‘pipiu’”, fala inocentemente a menina.