Júri nesta terça: “Dentro de casa era um monstro”, diz irmã de advogada morta


A família de Maria Aparecida da Silva Bezerra espera a condenação de Alison José Bezerra da Silva, acusado de matar a mulher a facadas em julho de 2022, no bairro do Antares, parte alta de Maceió. A vítima, segundo investigações policiais, vivia em um relacionamento marcado por ciúmes excessivos e agressões por parte do marido. A irmã da advogada afirma que o réu era “um monstro” dentro de casa.

“Em 2014, 2015 ele bateu nela, ela chamou a polícia, me chamou para pegar as crianças, eu fui porque a polícia chegaria e ela não queria que as crianças vissem a polícia levando ele. Muito agressivo com as crianças em casa. Dentro de casa ele era um monstro”, desabafou a irmã de Maria Aparecida, Cleonice das Dores Silva, em entrevista à TV Gazeta.

Ela afirma que a irmã era uma “mãe excelente” e uma “pessoa que se dedicava em ajudar” outras pessoas. Em seguida, Cleonice pediu que a Justiça seja feita pela morte da advogada.

“Justiça é o que a gente está esperando e lutando. Isso traz um conforto para a gente. Não traz ela de volta, mas a gente fica feliz em saber que valeu a pena essa luta que estamos tendo e saber que ele foi condenado”, afirma Cleonice.

Alison vai a Júri Popular nesta terça-feira (6). O julgamento começará às 8h e será conduzido pelo juiz Yulli Roter no Fórum da Capital.

A vítima, Maria Aparecida da Silva Bezerra, foi morta a facadas. De acordo com os autos, Alison e Maria tinham um relacionamento conturbado. Devido ao ciúme extremo do marido, ele mantinha um sistema de câmeras em casa para vigiar a esposa, segundo o Ministério Público (MP/AL).

Ao ser interrogado, o réu confirmou ter matado a esposa, mas afirmou não se lembrar dos detalhes. Ele alegou ainda que as câmeras foram instaladas não para vigiar a esposa, mas para monitorar os filhos.

Alison Bezerra será julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e feminicídio).

 

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