Olimpíadas: saiba quem é o ‘cão terapêutico’ que ajuda as ginastas dos EUA


O drama vivido pela ginasta Simone Biles nos Jogos de Tóquio jogaram luz sobre a importância da saúde mental dos atletas. Promessa de medalhas, a ginasta desistiu de diversas provas, por não se sentir bem emocionalmente. Diante do episódio, a equipe de ginástica dos Estados Unidos adotou uma alternativa para ajudar as atletas a lidar com a ansiedade antes dos Jogos Olímpicos de Paris: a presença de um cachorro da raça golden retriever.

Ele é o primeiro pet terapêutico oficial e até recebeu uma credencial para as provas eliminatórias nos Estados Unidos.

Beacon, como é chamado o cãozinho, chamou a atenção na última terça-feira (30), quando os EUA conquistaram o ouro na final por equipes. Mesmo não estando presencialmente em Paris, o cachorro conquistou o carinho dos torcedores. A ginasta Suni Lee publicou uma foto agradecendo a Beacon por ajudá-la no primeiro dia de competição.

As expectativas sobre as atletas americanas são acompanhadas por pressão e ansiedade. Daí, Beacon surge como artifício para aliviar o fardo. Quando Lee, Biles e outras atletas estavam competindo em provas como solo e trave, lá estava o golden aguardando-as para conforto no momento de frustração ou para fazer festa junto às comemorações.

O uso de animais – especialmente cachorros desta raça – não são novidade no esporte de elite.



					Olimpíadas: saiba quem é o 'cão terapêutico' que ajuda as ginastas dos EUA

Existe na Psicologia uma técnica conhecida por Terapia Assistida por Animais (TAA). Ela consiste em utilizar animais para a manutenção de questões de origem psicológica, que podem afetar drasticamente as emoções dos seres humanos. No caso dos atletas, atrapalhando o rendimento e a performance esportiva. Tais situações podem envolver questões como ansiedade, estresse e autoestima, alguns constructos fundamentais numa competição esportiva.

Diversos são os animais que podem ser utilizados como suporte terapêutico. Os mais comuns são cachorros, gatos e cavalos. Mas até golfinhos já se mostraram úteis neste sentido. O manejo com animais tem o objetivo de diminuir índices de ansiedade e estresse, além de promover a comunicação e gerar uma sensação de bem estar.

Numa competição tão importante como os Jogos Olímpicos, a presença de pets como o Beacon ajudam a aliviar a pressão e promovem um ambiente acolhedor, tão fundamental para atletas que estejam se sentindo pressionados. Não apenas questões psicológicas são o foco dos animais. Em alguns casos, podem ajudar até na locomoção de pessoas. Os cães-guia, por exemplo, atuam como companhia além de desempenhar um papel no deslocamento de pessoas com deficiência visual.

É válido ressaltar, entretanto, a importância de um profissional em saúde mental nestes casos. Os pets terapêuticos são ferramentas para situações que são identificadas por alguém devidamente preparado para tal.

Os animais geralmente são usados como recursos de pessoas que não conseguem lidar com suas emoções e nem expressá-las, apresentando também dificuldade na interação social. Por mais que os animais surjam num movimento de promover a saúde mental e emocional, eles são tido como ferramentas facilitadoras e não como solução das questões pelas quais as pessoas passam.

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