Saiba quem é a jornalista que foi infectada por bactéria durante troca de silicone
A jornalista Mariana Martins afirmou, na terça-feira (31), que teve uma infecção bacteriana após passar por uma cirurgia de troca de silicone em março. Segundo ela, os primeiros dias de pós-operatório foram traquilos, mas depois começou a sentir a mama direita mais “quente”.
“Procurei o cirurgião, a gente começou a acompanhar, imaginando que era um ponto aberto. Em cirurgias assim pode acontecer uma intercorrência dessa. Fui atrás de um laser para cicatrizar o que eu achava que era um ponto. No dia que o enfermeiro chegou aqui em casa, eu tirei a gaze e jorrou secreção, escorreu na minha barriga. Além desse ponto, abriu na lateral o que eles chamam de fístula, que é um buraco profundo”, relatou a jornalista.
Depois, um procedimento foi realizado para fechar esse buraco e um pedaço do tecido foi encaminhado para ser examinado em laboratório. A equipe médica informou que a suspeita era a de que Mariana tinha sido infectada por uma micobactéria. O resultado definitivo do laudo levaria 60 dias para ficar pronto.
“O infectologista me disse que existem mais de 200 tipos de micobactérias. ‘Não posso esperar 60 dias para começar a te tratar. Vamos começar com antibiótico e pode ser que a gente mude o tratamento conforme os resultados foram saindo'”, contou a jornalista, que está tomando dois antibióticos de 12 em 12 horas. Ela também teve que fazer uma cirurgia para retirar as próteses.
Mariana disse que fez uma denúncia na Vigilância Sanitária e que o órgão apurou que o caso dela não foi o primeiro. “Outras pacientes também foram contaminadas nesse centro cirúrgico, em anos anteriores. Espero que providências sejam tomadas para que mais pessoas não passem pelo que eu estou passando”, pontuou a jornalista sem citar o nome do hospital.
A jornalista disse que o momento é muito difícil. “Tudo isso está acontecendo às vésperas do meu casamento. No dia que eu operei faltava um mês para o meu casamento, fiquei com o psicológico muito abalado. Não sei direito que infecção é essa. O tratamento pode levar até um ano e meio”, desabafou.