Maduro é reeleito presidente da Venezuela
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgou que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito. O resultado foi divulgado na madrugada desta segunda-feira (29/7).
Mais cedo, a oposição a Maduro denunciou irregularidades no processo eleitoral e insinuou que resultados parciais dos centros de votação indicavam a vitória do candidato da oposição, Edmundo González.
Um representante do CNE informou por volta das 1h20 do horário de Brasília que 80% das urnas tinham sido apuradas, mas que esse resultado parcial era irreversível, dando vitória a Maduro. A participação do eleitorado foi de 59%.
Segundo o CNE, Maduro teve 5.150.092 votos, que representa 51,2% do total apurado. Já Gonzáles teve 4.445.978 votos, que equivale a 44,2%, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral.
Eleição polêmica
A Venezuela viveu um processo eleitoral polêmico e muito criticado por opositores e pela comunidade internacional. González era o favorito nas pesquisas eleitorais.
Nicolás Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez e tem 61 anos. Ele começou sua carreira política como sindicalista que representava os motoristas de ônibus do metrô e, mais tarde, participou da campanha vitoriosa de Chávez em 1998.
Maduro foi eleito presidente da Venezuela em 2013, após substituir Chávez, que estava doente e morreu naquele ano. Considerando os dois presidentes, são mais de 20 anos de chavismo no poder. O mandato presidencial na Venezuela é de seis anos.
Críticas durante eleições
Durante o final de semana, a coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) orientou os eleitores a acompanharem a contagem dos votos presencialmente nos centros de votação. Muitos compareceram.
Durante as eleições, Maduro chocou ao prever “banho de sangue” e “guerra civil” no caso de sua derrota. Ele acabou mudando o discurso no dia da votação, prometendo que reconheceria o resultado.
Antes da oficialização da candidatura de González, outras duas candidatas do PUD foram impedidas de se candidatar.
Líder da oposição, María Corina foi barrada pela Controladoria-Geral do governo de Maduro, que alegou problemas administrativos na época em que ela foi deputada, entre 2011 e 2014. Já a política Corina Yoris foi impedida após erro no sistema de internet para inserir candidaturas.